As medidas do governo adiantadas por Maia, no entanto, não agradaram os caminhoneiros. Em nota, o presidente da Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) reforçou o pedido para que a categoria mantenha os atos sobretudo nas rodovias. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) contabilizava até as 15h57 interrupções em rodovias federais de 22 Estados por causa da paralisação de caminhoneiros.
"Eu e o presidente do Senado (Eunício Oliveira) combinamos com o governo federal: os recursos da reoneração serão todos utilizados para reduzir o impacto do aumento do diesel. E também acertamos com o ministro da Fazenda que a Cide será zerada com o mesmo objetivo: reduzir o preço dos combustíveis", escreveu no Twitter.
A postagem foi acompanhada de vídeo no qual o presidente da Câmara aparece ao lado de Eunício e dos líderes do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), e no Congresso Nacional, deputado André Moura (PSC-SE).
O ministro da Fazenda ainda não se pronunciou sobre o assunto. Desde o início da manhã, Guardia tem tido uma série de reuniões com integrantes do Executivo e do Legislativo para debater propostas para ajudar a reduzir o preço dos combustíveis. Em entrevista, ele apenas rechaçou que o governo tenha solicitado mudanças na política de preços da Petrobras e disse que não havia ainda decisão tomada sobre as medidas para reduzir os preços dos combustíveis na bomba.
A diminuição da alíquota da Cide depende apenas de um decreto do presidente Michel Temer para que passe a valer. A medida, porém, só passará a valer três meses após a assinatura do decreto.
FONTE: Estadão