Diante deste cenário que resulta em milhares de caminhões parados em pontos de manifestação e sob o risco de multas milionárias seguidas de acusações de prática de locaute, transportadoras divulgaram nesta terça-feia (29) cartas e comunicados demostrando seu posicionamento em relação as manifestações e solicitando o fim da paralisação. São elas, a Transpanorama, no Paraná e a Tora Transportes, em Minas Gerais. Confira abaixo o que disse cada empresa.
Transpanorama Transportes
No Paraná, a Transpanorama, maior transportadora do Grupo G10 e uma da dez maiores do país, divulgou em seu site oficial e nas redes sociais uma carta aberta direcionada a população brasileiras e em especial aos caminhoneiros e aos seus colaboradores.
No documento, a Transpanorama reconhece a importância dos caminhoneiros para o crescimento do Brasil, destaca que se orgulha por fazer parte desta classe expressiva e que respeita o direito de manifestação. Entretanto, a empresa alerta para o alto risco de de danos maiores ao transporte rodoviário de cargas e ao país com o prolongamento da paralisação.
Ainda de acordo com Transpanorama, até ontem (29), data em que o movimento completou nove dias consecutivos, a empresa não havia realizado nenhum frete e registrava colaboradores parados e clientes sem os produtos que precisam para trabalhar. Neste período a empresa releva ainda que o custo fixo dos caminhões continua o mesmo, assim como a necessidade de honrar todos os compromissos assumidos.
Por fim a Transpanorama acredita que já é hora do movimento permitir que seus motoristas e veículos trafeguem com liberdade e segurança pelas rodovias, diante da necessidade de continuar gerando emprego, renda e movimentando as riquezas do país.
Confira na íntegra a carta da Transpanorama: CLIQUE AQUI
Tora Transportes
Já em Minas Gerais, a Tora Transportes, divulgou em seu site oficial um carta destacando os efeitos da greve sobre suas operações e relevando o posicionamento em relação aos pontos de manifestação.
No comunicado, a empresa releva que desde o dia 21 de maio (1º dia de manifestações) vêm se esforçando de todas as maneiras possíveis para manter a normalidade das operações de transporte. Entretanto, a greve tem provocado a retenção de vários veículos e colaboradores nos pontos de manifestação. A empresa alerta ainda para ameaças à integridade física de colaboradores e do patrimônio, inclusive com uso de armas, o que impossibilita a saída de veículos dos terminais e filiais.
A Tora Transportes destacou em números alguns efeitos da paralisação sobre a frota da empresa. De acordo com o comunicado, 50% da frota própria encontra-se parada nos pontos de retenção e a outra metade está retida em bases próprias. Dos veículos que estão nas rodovias, impedidos de circular, 60% não tem combustível suficiente para chegar ao destino final.
Ainda segundo a empresa, a inexistência de uma liderança efetiva e unificada por parte dos caminhoneiros autônomos tem prejudicado muito as negociações e a conclusão de um acordo. A empresa acredita que o fim do movimento será proporcionado apenas com os esforços do Governo, conjugado com os empresários do setor de transporte.
Por fim a Tora Transportes destaca que está pronta para uma retomada imediata do transporte mas que para isso é necessário: Segurança para os motoristas e cargas e combustível para os veículos. Ao final a empresa ratifica que não apoia a paralisação.
Confira na íntegra a carta da Tora Transportes: CLIQUE AQUI
TEXTO: Lucas Duarte