Nos cálculos da Plural, a redução direta nas bombas seria de R$ 0,41, uma vez que o governo não colocou na conta os 10% de mistura de biodiesel que são misturados ao diesel. O argumento da entidade é que o biodiesel não teve os impostos reduzidos.
Outra preocupação das distribuidoras é sobre como a fiscalização para o cumprimento da redução de preços nas bombas vai ser conduzida. “Isto pode criar uma guerra em postos de estradas, provocar um caos, sobretudo em regiões que concentram produção agrícola.”
Fiscalização
O representante do Ministério da Justiça, Claudemir Brito Pereira, anunciou nesta quinta-feira, 31, que a portaria sobre a fiscalização nos postos sairá no Diário Oficial da União e que os órgãos do governo estarão prontos para fazer a vistoria em todo o País. O preço base a ser usado, para comparação, é do dia 21 de maio.
Segundo Gadotti, as distribuidoras fizeram uma força-tarefa para apoiar o governo durante a greve dos caminhoneiros, que afetou o abastecimento em todo o País. A expectativa da entidade era de que 100% carregamentos de combustíveis das distribuidoras até os postos estivessem regularizados até a noite desta quinta.
Outro tema que será colocado em pauta é a reversão da decisão emergencial da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), que flexibilizou a mistura de etanol na gasolina (de 27% para 18%) e a do biodiesel no diesel (de 10% para zero) com o objetivo de evitar o desabastecimento. A agência também suspendeu a exigência de que postos de determinadas bandeiras comprem combustíveis de suas respectivas distribuidoras.
“Foi uma decisão de caráter emergencial, mas que precisa ser revista. O setor de distribuição é um dos poucos que são organizados e há tempos trabalha para combater a adulteração dos combustíveis e a sonegação de impostos.”
FONTE: Estadão Conteúdo
FONTE: Estadão Conteúdo