Os transportadores de combustível do Estado de Minas Gerais, declararam nesta quinta-feira (7) “estado de greve”. A medida anunciada tem como objetivo cobrar do governo estadual uma solução para as demandas apresentadas pela categoria.
Dentre as principais reivindicações destaca-se, um pedido ao governador Fernando Pimentel (PT) de redução da alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Atualmente, a alíquota incidente sobre o óleo diesel está em 15%; a reivindicação é que passe para 12%.
“Os Estados que fazem fronteira com Minas Gerais, como Rio de Janeiro e São Paulo já estão com essa alíquota. Sendo assim a gente perde venda porque as pessoas vão abastecer nos municípios vizinhos. Por isso, o governo estadual precisa fazer essa adequação o quanto antes, para evitar uma quebradeira no setor e, consequentemente, o fechamento de inúmeros postos de trabalho em nosso estado”, explica o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivado de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sinditanque-MG), Irani Gomes.
Ainda de acordo com o sindicato desde 2011 há uma negociação com o governo de Minas Gerais para redução da alíquota. “Na época, o governo estadual aumentou a alíquota de 12% para os atuais 15%, prejudicando enormemente os transportadores, pois o diesel corresponde a mais de 55% do custo do frete”, escreveu o Sinditanque-MG por nota.
Segundo a entidade, atualmente os altos custos das operações frente ao baixo lucro tornam inviável as atividades dos transportadores. “O transportador paga para trabalhar”, destaca.
Por fim o presidente do Sinditanque-MG alertou para a possibilidade de paralisação das atividades dos tanqueiros a qualquer momento. “Nós estamos em estado de greve e tentando negociar com o Governo, mas se não conseguirmos podemos entrar de greve a qualquer hora”, concluiu Gomes.
TEXTO: Lucas Duarte