A recente aprovação da Medida Provisória Nº 832 que estabelece um preço mínimo para o frete rodoviário, vêm provocando novas reações e críticas no setor produtivo, especialmente no segmento agrícola. A MP foi aprovada na última semana na Câmara dos Deputados, no Senado Federal e agora aguarda sansão do Presidente da República.
Em entrevista ao programa Rural Notícias, Antônio Galvan, Presidente da Aprosoja - MT, revelou o recebimento de diversas sugestões para driblar o tabelamento do frete, como por exemplo, a compra de caminhões e a criação de transportadoras próprias.
Segundo Galvan, as sugestões estão estudadas e os produtores com apoio da entidade já estão se organizando para a possibilidade da criação de duas ou três mega transportadoras ligadas ao agronegócio, criadas exclusivamente para atender as necessidades dos próprios produtores da região de Mato Grosso.
Durante a entrevista, Galvan destacou ainda que atualmente a Aprosoja - MT conta com cerca de 5.300 associados. "Se cada associado nosso comprar dois caminhões já serão dez mil e poucos caminhões", relevou o presidente da entidade. "Com certeza eu não sei o que vai sobrar de frete para realmente esse autônomo que eles tanto falam ou pequenos transportadores", completa.
Assim como no Mato Grosso, produtores rurais do Paraná também já avaliam medidas para driblar o tabelamento do frete. Na região, agricultores ja sinalizam para a possibilidade de formação de uma "cooperativa de transportes", para administrar a frota própria, algo que já acontece na maior cooperativa do País, a Coamo, de Campo Mourão. “Com esses preços, não é bom negócio ficar na mão de terceirizados”, disse Márcio Bonesi, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Paraná (Aprosoja-PR), de Goioerê, no Noroeste do estado, ao portal Gazeta do Povo.
LEIA: Agricultores se articulam para comprar caminhões e driblar o tabelamento do frete
Impasse
O frete retorno é principal impasse que tem travado as discussões entre os agricultores, caminhoneiros e o governo federal. Segundo os produtores, até então havia descontos significativos no frete de retorno. Após a publicação da MP Nº 832, transportadores passaram a exigir o valor cheio e a recusar fretes abaixo da tabela.
O longo período de discussões e impasses sobre a tabela do frete já tem provocado efeitos no segmento agrícola. De acordo com os produtores tanto o transporte como a comercialização de produtos agrícolas seguem em ritmo lento. Em alguns casos transportadores estão aceitando descontos no valor do frete, mas sobre o aviso de que cobrarão na justiça a diferença de pagamento caso o tabelamento seja confirmado.
Nova tabela
Uma nova tabela de preços mínimos para o frete rodoviário deverá ser publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) até na próxima sexta-feira (20). O Artigo 5º da MP 832 determina que a tabela deverá ser atualizada e publicada novamente a cada semestre, com data limite para o dias 20 de janeiro e 20 de julho, sendo que sua validade será apenas para o semestre em que for editada.
Apesar da determinação, especula-se que o órgão federal não cumprirá com a determinação. Dentre os motivos estão, o aguardo da sansão da MP pelo Presidente da República e o andamento de uma consulta pública para coleta de dados e sugestões a respeito do tabelamento do frete.
Confira na íntegra a MP 832: CLIQUE AQUI
TEXTO: Lucas Duarte
Blog Caminhões e Carretas
Assim como no Mato Grosso, produtores rurais do Paraná também já avaliam medidas para driblar o tabelamento do frete. Na região, agricultores ja sinalizam para a possibilidade de formação de uma "cooperativa de transportes", para administrar a frota própria, algo que já acontece na maior cooperativa do País, a Coamo, de Campo Mourão. “Com esses preços, não é bom negócio ficar na mão de terceirizados”, disse Márcio Bonesi, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Paraná (Aprosoja-PR), de Goioerê, no Noroeste do estado, ao portal Gazeta do Povo.
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O frete retorno é principal impasse que tem travado as discussões entre os agricultores, caminhoneiros e o governo federal. Segundo os produtores, até então havia descontos significativos no frete de retorno. Após a publicação da MP Nº 832, transportadores passaram a exigir o valor cheio e a recusar fretes abaixo da tabela.
O longo período de discussões e impasses sobre a tabela do frete já tem provocado efeitos no segmento agrícola. De acordo com os produtores tanto o transporte como a comercialização de produtos agrícolas seguem em ritmo lento. Em alguns casos transportadores estão aceitando descontos no valor do frete, mas sobre o aviso de que cobrarão na justiça a diferença de pagamento caso o tabelamento seja confirmado.
Nova tabela
Uma nova tabela de preços mínimos para o frete rodoviário deverá ser publicada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) até na próxima sexta-feira (20). O Artigo 5º da MP 832 determina que a tabela deverá ser atualizada e publicada novamente a cada semestre, com data limite para o dias 20 de janeiro e 20 de julho, sendo que sua validade será apenas para o semestre em que for editada.
Apesar da determinação, especula-se que o órgão federal não cumprirá com a determinação. Dentre os motivos estão, o aguardo da sansão da MP pelo Presidente da República e o andamento de uma consulta pública para coleta de dados e sugestões a respeito do tabelamento do frete.
Confira na íntegra a MP 832: CLIQUE AQUI
TEXTO: Lucas Duarte
Blog Caminhões e Carretas