A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (ABIOVE) promoveu recentemente visita técnica na BR-163, a chamada rodovia da soja. O gerente de economia, Daniel Furlan Amaral, percorreu o trajeto entre Santarém (PA) a Sinop (MT). Na avaliação dele, houve avanço nas obras, mas se pode melhorar, principalmente no que se refere à segurança dos caminhoneiros. O início das chuvas de novembro traz grande preocupação.
Sobre o trecho em construção entre Miritituba e o distrito de Morais de Almeida, em Itaituba, Amaral disse que o Exército pretende remover o aclive, cortar os morros do Sabão e Anita com o objetivo de facilitar a abertura de estradas, o que é uma boa medida. O asfaltamento entre Bela Vista do Caracol, em Trairão, e Morais de Almeida foi outro ponto favorável.
Entre Morais de Almeida e Novo Progresso, as condições ainda continuam ruins. Parte do caminho apresenta buracos e sérios riscos para os motoristas por causa da visibilidade limitada. "Enquanto percorríamos o trecho, nos deparamos com um acidente grave, um caminhão tombado e motorista ferido. Uma triste e comum consequência das condições do local", explica Amaral, que viajou com Fábio Gonçalves, coordenador de transporte da ADM.
No fim do percurso, entre Novo Progresso e Sinop (MT), vias esburacadas e muita lama dificultavam o tráfego. Obras para melhorar o trecho estão sendo realizadas, mas com ritmo lento, o que prejudica o desenvolvimento local e se reflete nos baixos IDHs (Índices de Desenvolvimento Humano) dos municípios da região.
A ABIOVE está engajada para que o governo direcione recursos para a manutenção e conclusão da rodovia. Enquanto não ocorre a finalização dos trechos, a associação propôs medidas necessárias para a segurança do tráfego no local, como o "Pare e Siga", mobilização do DNIT e suporte da Engenharia do Exército para as obras de construção. A expectativa é que as obras sejam encerradas até o fim de 2019.
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