O presidente da Petrobrás, Roberto Castello Branco, prometeu um “sonoro não para os subsídios” dos combustíveis, ao tomar posse no cargo ontem. Ele defendeu a liberdade de preços e criticou qualquer interferência do governo para beneficiar os consumidores. O executivo ainda convocou investidores a competir com a estatal na produção de combustíveis. Após o discurso, as ações da Petrobrás na Bolsa subiram mais de 2%.
A política de subsídio ao óleo diesel, que garantiu um desconto de R$ 0,30 por litro, foi uma das medidas promovidas pelo governo de Michel Temer em resposta à greve dos caminhoneiros. Ela terminou no dia 31 de dezembro de 2018 e não será prorrogada. A política previa um gasto de até R$ 9,5 bilhões em recursos públicos só no ano passado para bancar a redução de preços.
O fim do subsídio ao diesel, no entanto, não preocupa os caminhoneiros, porque a cotação internacional do petróleo e o câmbio recuaram. O representante do Comando Nacional do Transporte (CNT), Ivar Luiz Schmidt, afirma que a retirada do subsídio no preço do diesel já era esperada. As atenções da categoria continuam sobre a tabela de frete e sobre as medidas que o novo governo deverá tomar em relação ao assunto. “A manutenção da tabela é hoje o maior desejo do setor.”
FONTE: Estadão Conteúdo