Redução no preço dos combustíveis e maior segurança nas rodovias. Essas são as principais reivindicações dos caminhoneiros de todo o país. Os dados constam da 7ª edição da Pesquisa CNT Perfil dos Caminhoneiros, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte nesta semana. Entre os dias 28 de agosto e 21 de setembro do ano passado, foram entrevistados mais de mil profissionais, sendo 714 autônomos e 352 empregados de frota.
Segundo a pesquisa, 51,3% esperam redução no preço dos combustíveis, e 38,3% desejam maior segurança nas vias. Outros pleitos da categoria são: financiamentos oficiais a juros mais baixos para a compra de veículos (27,4%), aumento do valor do frete (26,2%), pontos de parada com mínimo de conforto e estrutura (18,7%), melhoria das condições das rodovias (15,5%) e redução do valor dos pedágios (12,5%).
O diretor-executivo da CNT, Bruno Batista, ressaltou que a alta nos preços dos combustíveis foi o principal motivo para a greve dos caminhoneiros, ocorrida em maio do ano passado, que paralisou rodovias de todo o país. “Em 2018, esses profissionais foram duramente prejudicados pela política da Petrobras de reajustes quase que diários no preço do diesel. Isso afetou muito os caminhoneiros.”
Greve
Segundo a pesquisa da CNT, 44,3% dos caminhoneiros participaram da paralisação por vontade própria. Além disso, 64,4% deles foram informados da greve via WhatsApp, e 74,7% tinham conhecimento da pauta de reivindicações. Com relação às conquistas obtidas, entretanto, 56% não ficaram satisfeitos. Batista acredita que a falta de diálogo entre a categoria e o governo foi responsável pelo descontentamento.
O diretor da CNT ressalta que os problemas vivenciados pelos caminhoneiros trazem consequências que acabam afugentando os profissionais da sua atividade. Além disso, eles passam a recusar trabalhos, o que traz um impacto direto para a economia do país. “Sem caminhoneiros, as mercadorias não chegam aos hospitais, aos supermercados, às farmácias, à indústria. Toda a cadeia produtiva do Brasil fica prejudicada. Os problemas desses profissionais são os problemas de todo o país”, conclui.
FONTE: CNT