A médica especialista em Medicina do Tráfego e presidente do Conselho de Representantes da Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS), Mirian Beatriz Gehlen Ferrari, ressalta a importância de conscientizar sobre os riscos que esses componentes oferecem aos condutores.
- Poucas pessoas têm noção da gravidade e do risco que colocam suas vidas e a de outros motoristas ao conduzirem sob o efeito dessas drogas. Um aparelho que consiga identificar esses elementos é extremamente útil à sociedade e evitará diversos acidentes. Afinal, é preciso ter consciência e compreender que, mesmo permitido, remédios para ansiedade, amenizadores de dor e pressão, prejudicam o condutor – explica a médica.
Sendo algo novo e que divide opiniões, a médica lembra que o "drogômetro" auxilia no cumprimento da legislação por ser um método não invasivo e rápido, e lembra os efeitos que essas substâncias podem causar.
- A incapacidade para dirigir depende da droga e da dosagem usada. Muitas vezes o efeito é potencializado pelo uso concomitante de várias drogas psicoativas. Algumas podem causar desde agitação, irritabilidade, excitação e até convulsões. Outras podem causar sonolência em graus variáveis, chegando a altos níveis, que são totalmente incompatíveis com a direção – salienta.
Em teste realizado no ano passado nas ruas de Porto Alegre (RS), o aparelho identificou que 20% dos motoristas estavam sob efeito de algum tipo de substância tóxica e que 8,5% haviam utilizado cocaína, um expressivo número que comprova a falta de consciência a respeito do assunto.
FONTE: Divulgação/AMRIGS