Facchini

Bolsonaro explica decisão de suspender aumento no preço do óleo diesel

Arquivo CNT
Durante a inauguração de um novo aeroporto do no Estado do Amapá, o Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PSL) explicou a decisão suspender um aumento significativo no preço do óleo diesel que estava previsto essa última sexta-feira, 12 de março.
Na tarde de quinta-feira, 11 de março, a Petrobras havia anunciado um aumento de 5,7% no preço do combustível em todas refinarias do país. A medida acarretaria um aumento de R$ 0,12 por litro de diesel. Logo após tomar ciência, Bolsonaro determinou a suspensão do aumento. Em nota oficial, a Petrobras chegou a dizer que a decisão adiar o reajuste aconteceu após a estatal observar que há margem para postergar o aumento do diesel por mais "alguns dias".


No Amapá, Bolsonaro explicou que a decisão de suspender o aumento aconteceu em virtude da preocupação do governo com transporte rodoviário de cargas, especialmente com os caminhoneiros. Não sou economista, já falei que não entendia de economia, quem entendia afundou o Brasil, tá certo? Estou preocupado também com o transporte de cargas no Brasil, com os caminhoneiros. São pessoas que realmente movimentam as riquezas, de norte a sul, leste a oeste e que tem que ser tratados com devido carinho e consideração. Nós queremos um preço justo para o óleo diesel”, destacou.
Ainda segundo o Presidente, foi marcada para a próxima terça-feira, 16 de março, uma reunião entre o Governo Federal e os representantes da Petrobras. O objetivo é esclarecer a atual política de preços adotada pela petroleira e compreender os atuais custos envolvidos na produção de combustíveis. "Eu quero conversar com eles sobre esse percentual, sobre política de preços. Quanto custa um barril de petróleo tirado aqui do Brasil, quanto custa la fora. Onde é que nós refinamos, a que preço, a que custo, eu quero o custo final", comentou. 
Durante as declarações, o Presidente da República ressaltou ainda o peso da carga tributaria estadual sobre os preços dos combustíveis. "...Mostrar para a população também, que sempre critica o governo federal, o ICMS é altíssimo, tem que cobrar de governador também, não só do presidente da República”, afirmou Bolsonaro.
Ao final, o Presidente rebateu as críticas sobre uma possível intervenção do estado nas decisões da Petrobras. "O Brasil não pode continuar nessa política de preços altos de combustíveis. Mas não pelo canetaço, não pela imposição do chefe do executivo. Em hipótese alguma isso vai existir", concluiu. 

Confira na íntegra o pronunciamento de Bolsonaro:
TEXTO: Lucas Duarte
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