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A criação da primeira colhedora Austoft, que revolucionou o negócio ao redor do mundo e é a base para o desenvolvimento das máquinas atuais da Case IH, ocorreu em 1944, durante a Segunda Guerra Mundial, quando a Austrália sofreu com a escassez de mão de obra em suas lavouras de cana-de-açúcar. A necessidade levou a família Toft a buscar soluções inovadoras que permitissem realizar a colheita mecanizada.
Desde 1890, existem registros de outros protótipos fabricados por produtores, sobretudo australianos. A própria Austoft foi feita a partir de um projeto criado dois anos antes por Joseph Toft Junior. A tecnologia desenvolvida pelos irmãos Harold e Collin, no entanto, foi a única que seguiu evoluindo e se consolidou comercialmente ao longo do tempo, tornando-se referência e líder de um mercado que ajudou a criar. Essa tecnologia foi adquirida pela Case IH na década de 1990, quando a marca passou a produzir as colhedoras de cana na fábrica de Piracicaba (SP).
“A colheita mecanizada trouxe diversos benefícios sociais, ambientais e também econômicos para a sociedade e para o setor canavieiro. Por isso, a Case IH, como pioneira nesse setor, faz questão de celebrar essa data, oferecendo ao mercado a melhor colhedora de cana de todos os tempos”, afirma Diogo Melnick, gerente de Marketing Comercial da Case IH.
E para comemorar os 75 anos da Austoft, a Case IH apresentou a edição especial e limitada da colhedora A8810 Single Row, na cor preta e com assinatura de John Pearce, que foi decisivo no processo e desenvolvimento da mecanização da colheita de cana no Brasil, tendo trabalhado durante anos como consultor da Case IH. “O desenvolvimento do setor sucroenergético no Brasil está ligado ao John Pearce. São inúmeras suas contribuições para esta cultura. Por isso, essa homenagem se faz necessária”, afirma Christian Gonzalez, vice-presidente da Case IH para a América do Sul.
John Pearce
John Pearce chegou ao país em 1977, como representante da Austoft, marca australiana que foi adquirida pela Case IH e que desenvolveu a máquina considerada a primeira colhedora de cana do mundo. Na ocasião, ele foi responsável por aperfeiçoar cada vez mais as vantagens da colheita mecanizada. Também é reconhecido pela condução de diversos trabalhos de pesquisa e consultoria em motomecanização no Brasil, além de ter colocado seus conhecimentos a serviço do governo australiano, quando atuou em estudos de viabilidade de implantação de uma usina açucareira irrigada pelo rio Ord, na região de Kimberley.
Como resultado de seus esforços, Pearce movimentou o mercado e levou a Dedini – empresa brasileira que produzia bens de capital para o setor sucroalcooleiro − a se unir à Austoft para fabricar a colhedora em território nacional, formando a Dedini Máquinas e Sistemas. A empresa passou a ser operada pelo Grupo Ometto, ficando conhecida como EngeAgro e depois como Brastoft. A Case IH, então, adquiriu a Brastoft e incorporou a Austoft da Austrália na década de 1990. Nesse processo, Pearce seguiu para outros países e, em 1994, época do boom da mecanização, voltou para o Brasil para trabalhar como consultor da Case IH.
No ano de 2015 retornou ao seu país de origem, onde faleceu em 2017, aos 80 anos de idade. No entanto, seu legado de cinco décadas de trabalho permanece vivo até hoje, já que Pearce é reconhecido não só pela mecanização da colheita da cana, mas também pelos ensinamentos em relação ao cultivo da planta. “A eficiência nos tratos culturais é um dos principais fundamentos agrícolas para se conseguir qualidade da matéria-prima, principalmente para a cana preparada para a colheita mecanizada”, dizia.
A edição especial preta da colhedora A8810 Single Row é uma série limitada, entretanto todas as colhedoras de cana-de-açúcar produzidas em 2019 ganham um adesivo comemorativo dos 75 anos de desenvolvimento da tecnologia Austoft.
Colhedoras da Case IH
A série A8010, que conta com modelos de uma linha e para espaçamento duplo alternado (A8810DA), recebeu mais de 100 melhorias nos últimos três anos. Um dos destaques do equipamento é a redução em até 15% do consumo de combustível durante a colheita.
As colhedoras A8810DA trabalham com duas linhas e espaçamento de 0,9 m x 1,5 m. Entre as principais características estruturais e dimensionais do equipamento destacam-se a abertura de chassi frontal e divisores de linha, o despontador alongado, a caixa do corte de base específico e a bitola das esteiras de 2,4 m.
Todas as melhorias implantadas na Série A8810 proporcionam mais produtividade, com menor custo operacional e melhor qualidade de colheita. Uma das novidades é o tanque de combustível, feito com material plástico desacoplado do chassi. Com capacidade de 620 litros de diesel, além de ter maior autonomia, ele elimina o risco de corrosão e diminui as chances de possíveis vazamentos.
“A evolução nas máquinas resultou numa redução considerável de consumo de combustível. Em algumas usinas, a economia é de 15%”, afirma Silvio Campos, diretor de Marketing de Produto da Case IH.
Um dos segredos da série A8810 é o Smart Cruise, que gerencia o funcionamento do motor e, associado à curva de potência otimizada, proporciona a diminuição do uso do diesel e, consequentemente, a redução de custos. O Auto Turn, sistema de acionamento e desligamento das funções da colhedora para manobras, é outra ferramenta que reduz o consumo de combustível, devido à configuração de automatização de até dez funções, o que facilita a operação e simplifica as manobras da colhedora no final da linha.
A máquina também tem o ventilador do sistema de arrefecimento inteligente. Com rotação automática e variável conforme a temperatura do sistema, ela garante uma menor demanda do sistema hidráulico para ativação do motor desse ventilador. Assim, proporciona menor consumo de combustível, principalmente nos períodos de menor temperatura no ambiente (noites e inverno).
As colhedoras também contam com o Autofloat, sistema que “copia o solo”, facilitando a operação, já que ele controla automaticamente a altura dos divisores de linha conforme a intensidade de pressão contrária exercida pelo solo. É possível ajustá-lo em até três níveis de resposta. “Com isso, conseguimos melhorar a qualidade da colheita, em diversas condições de campo encontradas, pois o Autofloat evita que colmos de cana passem por baixo do divisor de linha e, também, porque simplifica a operação, pois o operador não tem mais a necessidade de ajustar o divisor. Além disso, ele gera um desgaste menor dos componentes por trabalhar automaticamente”, explica Roberto Biasotto, gerente de Marketing de Produto da Case IH.
O novo pacote de radiadores da colhedora tem gavetas com puxadores, que permite a troca independente de cada componente. Ele facilita a manutenção, reduzindo o tempo total de montagem e desmontagem de seis horas para uma hora e meia. Assim, a colhedora fica mais tempo disponível para trabalho.
Além disso, ele apresenta a tecnologia Flex Plate, que possibilita a dilatação de componentes do radiador, aumentando sua vida útil. Para ampliar a visibilidade noturna, a Case IH substituiu todo o sistema de iluminação de halogênio por lâmpadas de LED. Essa mudança melhora em três vezes o alcance da iluminação.
Na parte frontal da máquina, foram inseridos mais dois faróis, além de quatro de cada lado do teto da cabine. A nova iluminação também tem durabilidade mais longa e tem o alcance de até 24 metros.
FONTE: Case IH