Cumprindo com o investimento de R$ 100 milhões na renovação e ampliação da frota, anunciado recentemente, o Grupo G10 realizou recentemente uma das maiores aquisições de caminhões de sua história, exatas 300 unidades da nova geração Scania.
“A quantidade explica nosso otimismo para 2019. Estamos expandindo os negócios. Abriremos 10 unidades de embarque do G10 e mais quatro para a Transpanorama. Movimentos que aumentarão o faturamento. No G10, planejo crescer 17% e na Transpanorama projetamos um acréscimo de 17% no faturamento. A Nova Geração da Scania será essencial para cumprir estas metas. Na nova gestão do transporte vale o custo por km rodado.”, destaca Claudio Adamuccio, diretor-presidente do G10 e diretor Administrativo da Transpanorama.
Com a consultoria da Casa Scania P.B.Lopes, baseada na maior rentabilidade e nas características da operação, os modelos R 450 6x2 e R 500 6x4 foram os escolhidos para atender as operações Grupo. De acordo com a montadora sueca, as entregas ao conglomerado de transportadoras já começaram e seguirão ao longo do segundo semestre. Serão 190 produtos para a Transpanorama e outros 110 divididos entre as demais empresas (Transfalleiro, Cordiolli, Rodofaixa e VMH Transportes).
Ainda segundo o presidente do Grupo, as primeiras unidades recebidas já estão surpreendendo pela rentabilidade operacional. “Comprovamos que a economia de diesel da Nova Geração é maior do que a geração anterior, como foi prometido pela Scania”, conta. Adamuccio revela que são três pilares que definem a escolha de um produto e uma marca para o G10. “O primeiro é o econômico, pois na conta do transporte o combustível é o campeão no custo total. O segundo é o conforto da cabine, pois a mão de obra está escassa e precisamos oferecer o melhor caminhão para reter o motorista. O terceiro pilar é a maior disponibilidade de horas do caminhão. Não podemos perder dinheiro com o produto parado e ele precisa dar o mínimo de manutenção.”
De acordo com Grupo G10, os modelos R 500 6x4 serão empregados em operações de longas distâncias com implementos rodotrens graneleiros de 25 metros, com capacidade para transportar até 49,5 toneladas de grãos cada um. Destaca-se nos modelos a presença do freio auxiliar hidráulico Retarder de 4.100Nm. Já os modelos R 450 6x2 também serão empregados em operações rodoviárias de longas distâncias mas combinados principalmente com implementos rodoviários do tipo sider, baú e tanque.
Com a compra expressiva, o Grupo G10 se junta à Amaggi na história da Scania como os maiores compradores da nova geração de caminhões da marca.
“Mais um grande lote vendido que comprova a revolução que a Nova Geração de caminhões está fazendo. O G10 é um dos maiores frotistas do Brasil, e optou pela solução que oferece o menor custo total da operação por quilômetro rodado via customização ideal do produto para a aplicação”, afirma Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania no Brasil. “A economia de diesel de até 12%, em relação à linha anterior, está fazendo a diferença no dia a dia dos clientes. Já recebemos cerca de 7 mil encomendas da ‘Máquina dos Sonhos’.”
O agronegócio sempre foi um dos pilares do transporte de cargas rodoviário. E, da mesma forma para o faturamento da Scania. “No caso da Scania, em 2018, o agronegócio representou cerca de 40% do total vendido de caminhões. Para 2019, queremos aumentar esta participação. Estamos otimistas”, diz Munhoz.
Confira na íntegra a entrevista que Claudio Adamuccio, diretor-presidente do G10, concedeu à Scania:
Claudio Adamuccio, 59 anos, natural de Osvaldo Cruz (SP), é um dos transportadores mais experientes do Brasil. Acompanha e cuida de perto sua frota, incentiva e valoriza seus motoristas e luta ativamente pelos direitos do setor em fóruns de entidades de classe e do poder público. Sem deixar de estar antenado com as tendências, as novas tecnologias e o futuro do transporte de cargas rodoviário.
Quando foi o primeiro contato com a Nova Geração Scania?
R. Foi em 22 de agosto de 2016, em Paris, no lançamento mundial realizado pela matriz. Tive o privilégio de conhecer o engenheiro-chefe do projeto e ele me deu muitos detalhes do produto. Já imaginei o quanto seria bom quando chegasse no Brasil. O segundo contato foi quando a Scania antecipou dois motores da Nova Geração, nas potências 510 e 450cv, ainda na geração passada mas já com o novo sistema XPI, de múltiplas injeções. Compramos os primeiros modelos a sair da linha em fevereiro de 2018. No total, adquirimos 170 caminhões e já fomos comprovando a maior economia de diesel.
As 300 unidades são para expansão ou substituição da frota, ou por otimismo com a melhora da economia e do mercado?
R. Um pouco destes três ingredientes. Em 20 anos, não deixamos um ano sequer de comprar caminhões, mesmo com as crises econômicas brasileiras ou mundiais. Mas, reduzimos os volumes entre 2014 e 2017, no período da última crise. Em 2018, aumentamos um pouco a quantidade. Em 2019, com o mercado aquecido voltamos com tudo; e precisei aumentar e substituir a frota para compensar os menores volumes dos anos passados. Estamos sempre antenados às novas tecnologias e modernidades para buscar a eficiência com a diminuição de custos e aumento de produtividade.
O setor de Transportes vive uma modernização de gestão. A nova conta a ser feita envolve o custo total da operação, a escolha da solução ideal para a aplicação, o custo por km rodado e a idade média da frota?
R. Sim. Hoje, as margens de lucro estão muito mais ajustadas. A informação está mais fácil e temos muitas ferramentas de gestão. O maior custo é o diesel, e o segundo o motorista. São dois fatores relevantes e estão ligados à marca do caminhão. Se compro um veículo que consome mais e não é confortável estou colocando minha operação em risco, para não ter lucro. Um motorista que não está satisfeito com o produto pode não dirigir tão bem e aumentar os gastos com manutenção. Trabalhando feliz e satisfeito ele terá mais cuidado.
Quem vai sobreviver no mercado de transportes de cargas?
R. Quem tiver a operação com muita tecnologia, custos extremamente enxutos e verdadeiras parcerias de negócio. Não vejo uma má gestão sobrevivendo no futuro. Em Paris, em 2016, no lançamento da Nova Geração da Scania, houve uma palestra com a federação local de transportes. Lá as empresas já não sobrevivem apenas com o faturamento do frete, das margens do transporte. Se a transportadora não tiver um Centro de Distribuição, acordos de coletas e distribuição e armazenagem para cuidar do ciclo completo não sobrevive. Tenho que antecipar tendências para continuar saudável no mercado.
A frota adquirida atuará em novos segmentos?
R. Não, vamos manter e fortalecer os ramos de atuação. Hoje, temos um mix diversificado: grãos, postal/e-commerce, aço, combustíveis, fertilizantes, sementes, produtos de higiene e limpeza e alimentos. Atuamos com sider, baú, tanques e graneleiros. Hoje, a divisão do faturamento está em 35% para postal/e-commerce (entregas para os Correios), 35% nos grãos, combustíveis (10%), e os outros 20% divididos respectivamente.
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