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Os números dizem muito – A partir do ano de 2011 ficou fácil perceber o declínio nos índices de acidentes nas rodovias federais que cortam todo o país. Não foram só os acidentes, mas, principalmente, o número de vítimas vem despencando. Há um dado que preocupa muito mais que o total de acidentes registrados no país; a soma de vítimas mortas. E este fator tem caído de maneira expressiva também. No início da década, mais precisamente em 2011, o total de mortos computados nas rodovias federais brasileiras chegou a 8.675. Passados oito anos, o número de óbitos caiu para 3.568, até a metade de setembro de 2019. Desde o dia 15 de agosto último que a PRF não está mais utilizando os seus radares portáteis. A partir daí, surgiram dados interessantes. Quando comparamos os trinta dias seguintes à suspensão do uso dos equipamentos com o mesmo período do ano anterior, constata-se que o número de mortos e acidentes graves reduziu. O total de óbitos caiu de 488 para 395, o que representa queda de 19%. Quando o assunto é acidentes graves, que são aqueles em que há o registro de, pelo menos, uma vítima com ferimentos graves ou óbito, percebe-se que também houve decréscimo. A PRF registrou, entre 15 de agosto a 15 de setembro de 2019, 1.552 acidentes graves. Já no mesmo período de 2018, foram anotadas 1.561 ocorrências. O fenômeno foi o mesmo para o total de feridos, que oscilou de 6.796, no ano passado, para 6.628, em 2019.
Vencendo a guerra – Caso o total de acidentes e vítimas acompanhasse o crescimento da frota nacional de veículos, estaríamos passando por uma situação muito mais grave no cenário brasileiro. Este fato é bastante curioso. Pouca gente tem a real noção do tamanho da frota que circula atualmente no país. Esta passou de 65 milhões, lá em 2011, para cerca de 100 milhões nos dias atuais. São 35 milhões de veículos a mais circulando por aí em pouco mais de sete anos. E, ora; quanto mais carros circulando, mais acidentes, feridos e mortos; pelo menos, é assim que a maioria das pessoas tendem a pensar. Só que as estatísticas apresentadas anteriormente contrariam, felizmente, essa lógica. Por isso, a redução de acidentes e vítimas ganha muito mais importância quando fazemos esta comparação entre a frota de veículos circulante e os resultados obtidos. Ainda não dá para comemorar, mas, estamos no caminho certo. Resta continuarmos atuando de maneira incisiva nos pontos mais críticos de nossas rodovias e, ao mesmo tempo, lutando pela transformação do comportamento brasileiro nos seus mais diversos papéis no trânsito brasileiro, seja como motorista, motociclista, ciclista ou pedestre.
FONTE: Agência PRF
FONTE: Agência PRF