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A novidade já foi implantada na mina de Brucutu, em São Gonçalo do Rio Abaixo (MG), que este ano passou a operar somente com caminhões fora de estrada autônomos, num total de 13 equipamentos. Já em Carajás os autônomos vão conviver ao lado dos caminhões convencionais. A fase de testes deve ir até junho de 2020, quando os autônomos começam a entrar em operação. O número de veículos crescerá ano a ano e, dependendo dos resultados dos testes, deve chegar a 37 em 2024.
A previsão é que no final de novembro dois caminhões autônomos iniciem a fase de testes em uma área isolada da mina de Carajás. O treinamento dos operadores já teve início neste mês de outubro. Na mina já existem também três perfuratrizes atuando de forma autônoma desde o ano passado.
Na operação autônoma, os caminhões são controlados por sistemas de computador, GPS, radares e inteligência artificial e monitorados por operadores em salas de comando a quilômetros de distância das operações, o que traz ainda mais segurança para a atividade. Ao detectar riscos, os equipamentos paralisam suas operações até que o caminho volte a ser liberado. Os sensores do sistema de segurança são capazes de detectar tanto objetos de maior porte como grandes rochas e outros caminhões até seres humanos que estejam nas imediações da via.
Em relação ao modelo convencional de transporte, a produtividade do sistema de operações autônomas é superior. Com base em dados de mercado da tecnologia, a Vale espera conseguir aumento da vida útil de equipamentos da ordem de 15%. Estima-se ainda que o consumo de combustível e os custos de manutenção sejam reduzidos em 10% e que haja um aumento da velocidade média dos caminhões.
A operação autônoma também traz relevantes benefícios ambientais. A economia de combustível usado nas máquinas resulta em volume mais baixo de emissões de CO2 e particulados e ainda reduz a geração de resíduos como peças, pneus e lubrificantes.
De acordo com o diretor do Corredor Norte da Vale, Antonio Padovezi, além do fator segurança, o uso de equipamentos autônomos em Carajás garantirá maior sustentabilidade para a mineração brasileira. "É mais um avanço que traz ganhos econômicos, ambientais e sociais: reduz a exposição dos empregados a riscos, aumenta a competitividade, reduz a emissão de gases poluentes e ainda impulsiona uma capacitação e evolução das competências profissionais, acompanhando uma tendência natural e vivenciada hoje no mercado em todo o mundo", diz Padovezi.
Capacitação
A implantação da operação autônoma vem aliada a um plano de desenvolvimento de pessoas, que inclui a criação de um centro de treinamento na cidade de Parauapebas pela empresa fornecedora. O plano seguirá a mesma linha de Brucutu, onde todos os operadores que atuavam nos caminhões convencionais foram realocados para outras funções. Uma parte da equipe em Minas Gerais passou a atuar na gestão e controle dos equipamentos autônomos e outra parte assumiu novas ocupações advindas com a automação. Alguns empregados foram realocados para outras áreas.
Indústria 4.0
A Vale está implantando um programa de transformação digital para avançar na Indústria 4.0, o que tem permitido à empresa tornar-se mais segura, aumentar a eficiência operacional e a produtividade, melhorar sua performance financeira e impulsionar a inovação. Entre as inovações tecnológicas desenvolvidas pela empresa estão Internet das Coisas, Inteligência Artificial, aplicativos móveis, robotização e equipamentos autônomos (como caminhões e perfuratrizes). O programa serve de apoio para os pilares estratégicos introduzidos pela Vale este ano: transformar a maneira como a empresa opera em relação a segurança e excelência operacional; e impactar positivamente a sociedade, tornando-se um facilitador de desenvolvimento nas áreas em que atua e promovendo uma indústria mais segura e sustentável.
FONTE: Vale
FONTE: Vale