Marcelo Camargo/Agência Brasil |
Dentre os fatores que podem ser apontados para o fracasso do movimento está o cunho político e o desencontro das informações sobre o que de fato seria reivindicado durante os protestos. Nas últimas semanas, inúmeras forças sindicais declararam apoio a suposta paralisação do transporte, como por exemplo de petroleiros. Entidades ligadas ao transporte, até então desconhecidas por grande parte dos profissionais do setor, também declararam apoio ao movimento e inflamaram as redes sociais e veículos de imprensa com alertas sobre a paralisação.
Inicialmente as lideranças alegaram que os protestos teriam como objetivo pressionar o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a inconstitucionalidade da Política Nacional de Pisos Mínimos do Transporte Rodoviário de Cargas (PNPM-TRC), conhecida popularmente como tabela de fretes. Entretanto, o julgamento foi adiado pela própria corte após um pedido Advocacia Geral da União (AGU). A partir daí, novas pautas foram incluídas nas reivindicações, como por exemplo, pressão para redução da carga tributária sobre os combustíveis e para que o STF declare constitucional o tabelamento de fretes.
Até o início da tarde desta quarta (19), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e as concessionárias que administram os principais trechos rodoviários do país não haviam registrado e informado pontos de manifestação ou bloqueios.
Nesta terça-feira, 18 de fevereiro, o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, já havia declarado que não temia uma nova greve de caminhoneiros. “Rodovias liberadas, trânsito fluindo e caminhoneiros trabalhando”, disse o ministro.
TEXTO: Lucas Duarte