“O transporte e a logística mantêm o mundo em movimento e essa necessidade continuará crescendo. Transporte verdadeiramente neutro quanto ao CO2 pode ser viabilizado com trens de força elétricos que utilizam energia proveniente de baterias ou por meio da conversão de hidrogênio em eletricidade. Para que os caminhões possam trabalhar com cargas pesadas em longas distâncias, as células de combustível são uma resposta importante e uma tecnologia na qual a Daimler já adquiriu know-how substancial nas últimas duas décadas, por meio da unidade Mercedes-Benz de células de combustível. Essa iniciativa conjunta com o Grupo Volvo é um marco de progresso para viabilizar a chegada de nossos caminhões e ônibus movidos por essa tecnologia nas estradas”, diz Martin Daum, presidente do Conselho de Administração da Daimler Truck AG e membro do Conselho de Administração da Daimler AG.
“A eletrificação do transporte rodoviário é um elemento chave para a viabilização do chamado Green Deal, uma Europa livre de emissões de carbono e, em última análise, um mundo livre de emissões. Usando o hidrogênio como meio de produção de eletricidade verde para mover os caminhões elétricos nas operações de transporte de longo percurso é uma parte importante do quebra-cabeça, além de ser um complemento para os veículos elétricos movidos por baterias e por combustíveis renováveis. Combinar o Grupo Volvo com a experiência da Daimler para acelerar o ritmo de desenvolvimento é algo muito bom, tanto para os clientes, quanto para a sociedade. Ao formar essa joint venture, demonstramos claramente que acreditamos em células de combustível de hidrogênio para veículos comerciais. Porém, para que essa visão se torne realidade, outras empresas e instituições também precisam apoiar e contribuir para esse desenvolvimento, no mínimo visando estabelecer a infraestrutura de combustível necessária”, afirma Martin Lundstedt, presidente e CEO do Grupo Volvo.
Os grupos Volvo e Daimler serão parceiros com participação 50/50 nessa joint venture, que funcionará como entidade independente e autônoma, com as duas Companhias continuando a ser concorrentes em todas as outras áreas de negócios. Juntando forças, é possível reduzir os custos de desenvolvimento para ambas e acelerar a introdução dos sistemas de células de combustível nos produtos usados para as aplicações de transporte pesado e de longa distância. No contexto da crise econômica atual, a colaboração se tornou ainda mais necessária, visando atingir os objetivos do "Green Deal" dentro de um prazo viável.
A meta comum é que ambas as Companhias produzam, em série, veículos pesados com células de combustível na segunda metade da década. Além disso, outros usos automotivos e não automotivos também fazem parte do escopo da nova joint venture.
Para viabilizar a joint venture, a Daimler está reunindo todas as atividades relativas a células de combustível do grupo inteiro em uma nova unidade específica na Daimler. Nesse contexto, inclui-se a alocação das operações da “Mercedes-Benz Fuel Cell GmbH”, que tem ampla experiência no desenvolvimento desses sistemas e armazenamento de hidrogênio para várias aplicações de veículos.
A joint venture incluirá as operações em Nabern/Alemanha (atualmente sede da Mercedes-Benz Fuel Cell GmbH), com instalações de produção na Alemanha e no Canadá.
O contrato preliminar assinado não é vinculativo. Está previsto um acordo final por volta do terceiro trimestre e fechamento antes do final deste ano. Todas as transações em potencial estão sujeitas a análise e aprovação pelas autoridades competentes responsáveis.
Células de combustível e o hidrogênio como combustível
Uma célula de combustível de hidrogênio converte a energia química do combustível – neste caso, hidrogênio e oxigênio (do ar) – em eletricidade. Essa energia alimenta os motores elétricos que movem o veículo.
Há duas maneiras principais de produzir o hidrogênio necessário. O chamado hidrogênio verde pode ser fabricado localmente na estação de gás, usando a eletricidade para converter água em hidrogênio. Além disso, está previsto que o hidrogênio azul será produzido a partir de gás natural, usando tecnologia de captação de carbono para criar um combustível neutro quanto ao carbono.
FONTE: Mercedes-Benz
FONTE: Mercedes-Benz