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Como base informações colhidas em fontes formais e informais, o relatório confirma que Ao longo de 2019, foi registrado um total de 18.382 ocorrências de roubos de carga pelo país, 4 mil a menos que em 2018, quando foram registrados 22.183 casos. Se comparado com 2017, quando 25.970 roubos foram registrados, a queda chega a 29%.
Apesar da queda significativa no número de ocorrências, na avaliação da entidade os números ainda seguem altos e representando uma grande preocupação para o segmento transportador. Segundo o Presidente da NTC&Logística, Francisco Pelucio, “a pesquisa continua apontando uma considerável redução se comparada ao ano de 2018, mas estamos falando de milhares de roubos em todo o Brasil e precisamos continuar trabalhando para que esses crimes não aconteçam mais”. Pelucio ainda comenta que a redução tem muito a ver com o investimento alto das empresas, em tecnologias e medidas de segurança em suas operações, o que possibilita uma resposta muito mais rápida e ativa em relação as tentativas de delito e, também, com o trabalho dos órgãos de segurança pública nas esferas estaduais e federais, que têm atuado com mais rigor no combate aos delitos de carga.
“Os números do roubo de cargas no país, embora caindo, ainda são inaceitáveis. Os roubos ocorrem porque os receptadores, que compram as cargas roubadas e incentivam o crime, estão impunes, por conta de uma legislação arcaica. Temos urgentemente que agravar as penalidades para esse delito, tanto a pena para a pessoa do receptador como para o seu estabelecimento, que deverá ter a licença de funcionamento cassada”, comentou o vice-presidente para assuntos de segurança da NTC&Logística, Roberto Mira. Nesse cenário, a região Sudeste continua sendo a mais afetada, arcando com 84,26% das ocorrências. Em seguida, aparece a região Sul, com 6,52%; Nordeste, com 6,29%; Centro-oeste, 1,69%; e por último a região Norte, com 1,24%.
Assim como nos anos anteriores, a Região Sudeste segue registrando a maior incidência de roubos, com destaque para o estado do Rio de Janeiro, responsável por 40,56% das ocorrências, seguido por São Paulo, 39,85%. Juntos os quatro estados que compõem a região (ES, MG, SP e RJ) registraram um total de R$ 952,93 milhões em prejuízos. Em seguida aparece a região Nordeste, com R$ 157,84 milhões; Sul, com R$ 133,11 milhões; Centro-oeste, com R$ 106,39 milhões; e Norte, atingindo R$ 47,81 milhões.
Ainda segundo o levantamento da entidade, produtos alimentícios, cigarros, eletroeletrônicos, combustíveis, bebidas, artigos farmacêuticos, autopeças, defensivos agrícolas e têxteis e confecções estão entre os itens mais visados pelas quadrilhas brasileiras.
“A entidade continuará buscando meios de deter esses crimes através de um trabalho integrado com os órgãos públicos e privados, informando e cobrando um olhar mais atento do transportador brasileiro, responsável por movimentar mais de 65% de todas as riquezas do país”, ressalta Francisco Pelucio, presidente da NTC&Logística. Já o vice-presidente de segurança da entidade comenta que o trabalho de integração entre as polícias, em grande parte decorrente dos Encontros de Segurança promovidos anualmente pela NTC e entidades parceiras, vem trazendo grandes resultados e isso deve continuar para que no próximo ano os estados mais afetados, como São Paulo e Rio de Janeiro, possam ter uma diminuição considerável”.
Com informações: NTC&Logística