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Dentre os principais dados levantados pela pesquisa, o número significativo de demissões realizadas, se destaca como o dado mais preocupante e alarmante. De acordo com o levantamento da entidade, 38,1% dos transportadores ouvidas efetuaram demissões em virtude da pandemia. Além disso a possibilidade é de que novas demissões sejam realizadas nos próximos 30 dias.
Na tentativa de evitar demissões, as empresas passaram a adotar de medidas de ajuste nas relações de trabalho, previstas na MP n.º 936. Segundo a CNT, 45,6% das transportadoras entrevistadas já adotaram a suspensão temporária do contrato de trabalho, e 42,2% aplicaram redução proporcional de carga horária e salários.
Além da queda significativa da demanda em diversos segmentos do transporte brasileiro, as porcentagens significativas de demissões e ajustes nos contratos trabalhistas, são justificadas pelo comprometimento da capacidade de pagamento e pela dificuldade de se obter crédito para capital de giro. Na pesquisa, 63,8% dos entrevistados confirmaram que estão com a capacidade de pagamento comprometida, e 44,8 tiveram a solicitação de crédito negado.
O presidente da CNT, Vander Costa, avalia que esses resultados atestam a continuidade dos efeitos da profunda crise provocada pela pandemia do novo coronavírus. Ele também chama atenção para as dificuldades enfrentadas pelas empresas do setor para encontrar mecanismos efetivos a fim de reduzir os impactos negativos. “Esse cenário demonstra, de maneira prática, que as ações anunciadas pelos governos (federal, estaduais e municipais) para apoiar o setor, durante a crise da covid-19, ainda não chegaram às empresas e não representaram o socorro emergencial necessário”, diz.
74,8% dos transportadores entrevistados, estimam ainda que os impactos negativos da pandemia ainda permaneçam por mais de quatro meses.
Confira na íntegra a pesquisa: CLIQUE AQUI
TEXTO: Lucas Duarte
Com informações: CNT
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