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“Pelo quarto ano consecutivo, a falta de motoristas foi o principal problema da indústria em geral. Além de liderar a lista de preocupações das transportadoras, destaca os desafios que as frotas enfrentam no recrutamento de novos talentos e na manutenção de seus atuais motoristas”, destaca a entidade.
O relatório recém-divulgado pelo instituto norte-americano foi o centro de um debate entre especialistas do setor na American Trucking Associations (ATA), realizado na última semana de outubro.
“É um assunto muito complexo. Temos isso há vários anos ”, disse Bob Costello, economista-chefe da ATA. “O que é interessante é que a falta de motoristas foi embora em abril e maio e agora está de volta tão ruim quanto antes. Não vai desaparecer tão cedo. ”
De acordo com Eric Fuller, presidente e CEO da US Xpress, mais de 40.000 motoristas deixaram o mercado de trabalho apenas nos últimos seis meses devido a vários motivos. “Esse é um grande déficit que não sei se pode ser preenchido em um curto período de tempo”, disse o executivo.
Além do crescente desinteresse dos mais jovens pela profissão, as longas horas de trabalho e a falta de locais adequados com uma infraestrutura completa pra descanso, a baixa remuneração lidera a lista de fatores que estão contribuindo para a crescente falta de motoristas nos Estados Unidos.
"Na primeira pesquisa dos principais problemas da indústria de caminhões que fizemos em 2005, a falta de motoristas foi a segunda questão naquele ano, mas a estratégia nº 1 para combate-la foi o aumento no pagamento dos motoristas” disse Rebecca Brewster, presidente e COO da ATRI.
Completam a lista de desafios do transporte rodoviário de cargas nos Estados Unidos, os locais de parada e descanso, a segurança, os altos custos com seguros, a alta rotatividade dos motoristas, a economia e a alta carga horária.
Participaram do estudo 3.122 motoristas de caminhão, transportadoras e outras partes ligadas ao transporte rodoviário de cargas.
“Ter uma amostra tão robusta nos dá uma imagem muito precisa de quais questões são de maior preocupação para a indústria de caminhões”, disse Brewster da ATRI. “Com essas informações, a indústria pode direcionar melhor seus recursos para atender às preocupações do transporte”.