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A crescente falta de motoristas que já atinge 81% das transportadoras de São Paulo e região, apurada por um relatório técnico do Instituto Paulista do Transporte de Carga (IPTC), também começa a ser registrada no Estado de Minas Gerais.
Em entrevista à Rádio Itatiaia, o Presidente da Federação das Empresas de Transportes de Cargas em Minas Gerais (Fetcemg), Sérgio Pedrosa, confirmou que o problema já está sendo enfrentado pelas transportadoras do estado. "De fato, nós aqui em Minas Gerais também percebemos falta e motoristas. Fizemos uma enquete e grande parte das empresas sondadas sentem a falta motoristas. É um problema nacional".
Na avaliação do presidente da entidade, a crescente falta de motoristas no estado e em todo o país pode ser atribuída "a imagem que o caminhoneiro tem do passado. Hoje em dia os caminhões são super modernos e super confortáveis, a lei do motorista garante o descanso adequado, com qualidade de vida, para o motorista.", disse.
Ainda segundo Sérgio Pedrosa, a falta de motoristas vai na contramão do atual e crescente cenário de desemprego no Brasil. “É um paradoxo porque o Brasil tem 16 milhões de desempregados e ao mesmo tempo as empresas de transporte não conseguem motoristas para dirigir em seus caminhões”, completa.
E para tentar reverter a crescente escassez de caminhoneiros no transporte rodoviário cargas, investimentos na formação de motoristas em conjunto com campanhas publicitárias para atrair novos profissionais estão sendo realizados em Minas Gerais. “Já estamos tendo êxito com escolinhas de motoristas através do Sest Senat e outras escolas que existem para formação de novos motoristas. É uma profissão interessante, inclusive para motorista de aplicativos, porque a remuneração mensal pode variar de R$ 2.500 por mês para caminhões menores chegando até R$ 6 mil por mês, aproximadamente, com todos os benefícios de 13º, férias.”, destaca Pedrosa.
Ouça a entrevista na íntegra: