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Juntamente com a duplicação da BR-116/RS (entre Guaíba e Pelotas), que terá 27,1 quilômetros de novas pistas também liberados hoje ao tráfego, a obra vai ampliar e tornar mais eficiente o escoamento da produção nacional para os países do Mercosul. Outras melhorias na infraestrutura do estado estão em andamento.
“Essa é uma das maiores obras de engenharia nacional e representa uma ponte de integração, ligando a capital Porto Alegre ao sul do Estado. Essa estrutura vai ajudar muito na questão da mobilidade urbana, funcionando como uma alternativa à ponte antiga, e é um ganho para o usuário em termos de tempo de viagem e segurança”, afirmou Freitas.
A Nova Ponte do Guaíba será uma alternativa à ponte Getúlio Vargas e seu vão central móvel, em funcionamento desde 1957. Sempre que um navio de grande porte necessita passar sob a ponte Getúlio Vargas, é necessário parar o trânsito de veículos para elevar a plataforma móvel. Este içamento ocorre diariamente, provocando engarrafamentos de até cinco quilômetros em ambos os sentidos das rodovias BR-116/RS e BR-290/RS, afetando o tráfego interno de Porto Alegre.
A principal característica da Nova Ponte do Guaíba, que tem altura livre dos vãos navegáveis de 40 metros do nível da água, é não precisar ser elevada, o que vai eliminar o principal problema no tráfego da Região Metropolitana de Porto Alegre. Iniciada pelo DNIT em 2014, a obra passou por período de estagnação e foi retomada a partir de janeiro de 2019, sendo classificada como prioritária pelo Governo Federal.
Números expressivos
A transposição sobre o Lago Guaíba tem 2,9 quilômetros de extensão, de um total de 13,6 quilômetros da obra. São 7,6 quilômetros apenas em obras de artes especiais e mais seis de aterro, tendo 28 metros de largura nos vãos principais. O empreendimento da Nova Ponte do Guaíba foi executado quase em sua totalidade por elementos pré-fabricados.
Ao todo foram moldadas mais de 18 mil unidades de estacas, pilares, vigas, lajes, aduelas, guarda-rodas e outras que consumiram 348,7 mil toneladas de concreto e quase 19 mil toneladas de aço. Apoiada em 3.232 estacas, a Nova Ponte do Guaíba é composta por duas faixas de rolamento para cada sentido (com 3,8 metros de largura cada), canteiro central de 1,3 metro e acostamentos de 3,9 metros.
Para liberar as frentes de obra, foi necessário realocar mais de 501 famílias na faixa de domínio da Nova Ponte do Guaíba, no bairro Arquipélago (Ilha Grande dos Marinheiros e Ilha do Pavão). Dessas, 487 foram reassentadas por meio de compra assistida e outras 14 foram desapropriadas e indenizadas.
Com a realocação desta população, que vivia da reciclagem de lixo, o meio ambiente também ganhou com a obra da Nova Ponte do Guaíba, uma vez que parte destas famílias morava dentro do Parque Estadual do Delta do Jacuí, uma unidade de conservação de proteção integral. Depois da saída destes moradores, ao todo foram retiradas da faixa de domínio da obra e do seu entorno mais de 15 mil toneladas de detritos. Esse material foi encaminhado para um aterro sanitário licenciado.
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