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Argentina faz acordo com o Grupo Tora para incentivar importações via porto seco em Minas Gerais

Diego Filipe Mattos Camargos

A expectativa da companhia, ao se tornar parceira preferencial das importações de produtos argentinos em Minas Gerais, é elevar em pelo menos 30% os negócios provenientes do país vizinho

A Embaixada da República Argentina no Brasil e o Grupo Tora, especializado em soluções logísticas, assinaram no dia 16 de março, um acordo bilateral de cooperação para incentivar os negócios de empresas argentinas com Minas Gerais. Com a parceria, as importações do país vizinho terão desconto de pelo menos 15% no recinto alfandegado Clia (Centro Logístico Industrial Aduaneiro) da Tora em Betim (MG).

De acordo com o embaixador argentino no Brasil, Daniel Scioli, a Argentina foi a terceira fonte de importações de Minas Gerais em 2020, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. No ano passado, as exportações de Minas Gerais para a Argentina foram de US$ 666 milhões e as exportações para o estado, de US$ 534 milhões. "Portanto, a Argentina teve um déficit de US$ 132 milhões", destaca Scioli. Segundo ele, a meta com o acordo, que foi firmado com apoio da Câmara de Comércio e Indústria Argentina Minas Gerais, é "impactar de maneira expressiva o fluxo de negócios".


A Tora, uma das maiores empresas de soluções logísticas integradas do país, é responsável por aproximadamente 40% das importações via portos secos em Minas Gerais. A companhia possui um recinto alfandegado Clia na região metropolitana de Belo Horizonte com infraestrutura de 75 mil metros quadrados de armazenagem, estrutura para cargas refrigeradas e contêineres e ramal ferroviário interligado aos portos do Rio de Janeiro, Santos e Vitória. Além disso a empresa opera aproximadamente 150 carretas permissionadas para realizar o trânsito internacional de produtos entre o Brasil e a Argentina. Segundo a presidente da Tora, Janaína Araújo, a expectativa da companhia, ao se tornar parceira preferencial das importações de produtos argentinos em Minas Gerais, é elevar em pelo menos 30% os negócios provenientes da Argentina no Clia em Betim.

Ela explica que o Clia está inserido em um complexo industrial estruturado para instalação de empresas, facilitando a logística de importação e exportação. Além de entreposto aduaneiro e industrial, a estrutura conta também com regime de armazém geral. Outro diferencial é que o Clia é o primeiro recinto aduaneiro de Minas Gerais certificado pela Receita Federal para atuar como OEA (Operador Econômico Autorizado). "Isso garante que somos parte de uma cadeia logística internacional ágil e confiável e estamos comprometidos com a qualidade dos nossos serviços e segurança de nossas cargas", declara Janaína.


Diego Filipe Mattos Camargos
FONTE: Divulgação

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