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Falta de motoristas deve aumentar em 2021

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Crescimento no déficit de motoristas é confirmado em pesquisa da International Road Transport Union (IRU) com 800 transportadoras de mais de 20 países

A International Road Transport Union (IRU) divulgou neste mês, novos dados sobre a crescente falta de motoristas no transporte rodoviário de cargas e passageiros em todo o mundo. Os números são resultado de uma pesquisa que contou com a participação de cerca de 800 transportadoras de mais de 20 países.

De acordo com a entidade, a paralisação e redução de algumas atividades econômicas em virtude da pandemia de Covid-19 (Coronavírus), reduziu a escassez de profissionais ao longo de 2020. Entretanto, o reaquecimento econômico e recuperação da demanda por serviços de transporte, deve intensificar novamente a falta de motoristas.

Segundo as transportadoras consultadas, a previsão é de que o déficit de profissionais cresça 17% na Europa, 18% no México, 20% na Turquia, 24% na Rússia e quase um terço no Uzbequistão ao longo de 2021.

“A falta de motoristas ameaça o funcionamento do transporte rodoviário, das cadeias de abastecimento, do comércio, da economia e, em última instância, do emprego e do bem-estar dos cidadãos. Este não é um assunto que pode esperar, é preciso agir agora”, disse o secretário-geral da IRU, Umberto de Pretto.  

A pesquisa realizada pela IRU também revelou as principais causas da crescente falta de motoristas no transporte rodoviário. 38% das empresas entrevistadas afirmaram que o déficit de tem sido agravado pela falta de profissionais qualificados. As condições de trabalho desafiadoras, ainda agravadas pela pandemia, e dificuldades para atrair mulheres e jovens para a profissão também foram citadas como problemas. 

Ainda segundo a IRU, aliada a crescente falta de motoristas, a pesquisa também confirmou uma queda no número de mulheres e jovens exercendo a profissão de motorista. De acordo com os números da entidade, Apenas 2% dos caminhoneiros em todo o mundo são mulheres e todos os países pesquisados confirmaram queda na participação feminina. Já a porcentagem de motoristas de caminhão com menos de 25 anos chegou aos níveis mais baixos em 2020, sendo, 5% na Europa e na Rússia, 6% no México e 7% na Turquia.


Soluções
Diante do cenário preocupante de falta de profissionais no transporte, a IRU reforçou a recomendação aos governos de reduzirem a idade mínima exigida para motoristas profissionais (caminhões e ônibus), passando para 18 anos, e com treinamentos a partir dos 17 anos.

Além da redução na faixa etária, a entidade também apontou maiores investimentos em segurança, treinamento e certificações, como soluções vitais para atração e desenvolvimento de novos motoristas, especialmente mulheres e jovens.

“As soluções existem, mas se os governos não agirem agora para facilitar o acesso à profissão, melhorar as condições de trabalho e capacitar a força de trabalho, a escassez de motoristas continuará a atrapalhar e eventualmente danificar irreparavelmente as redes de mobilidade e cadeias de abastecimento vitais”, concluiu Umberto de Pretto.


Confira na íntegra a pesquisa da IRU: CLIQUE AQUI


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