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Economia, durabilidade e menos paradas para recalibragem estão entre as vantagens da substituição do tradicional ar comprimido por nitrogênio no momento da calibragem
Não há dúvidas de que os pneus estão entre os principais e maiores custos do transporte rodoviário de cargas atualmente. Entretanto, com o auxílio da tecnologia, é possível economizar e ampliar consideravelmente a vida útil dos pneus de carga. Prova disso é a substituição do tradicional ar comprimido por nitrogênio durante as tradicionais calibragens.
“O ar comprimido, utilizado para encher os pneus dos veículos, é uma mistura de gases, sendo os principais oxigênio e nitrogênio. Nesse caso, a perda de pressão pode chegar a cinco libras por semana. Quando oferecemos a calibragem apenas com nitrogênio para frotas de caminhões, diminuímos esse tempo entre calibragens por uma razão simples: as moléculas desse gás são maiores e demoram mais para sair pela borracha do pneu, que é permeável”, explica Omar Abreu, Vendedor Técnico da Air Products. Na prática, os veículos de carga que utilizam ar comprimido precisam ter os pneus calibrados semanalmente ou no máximo a cada 15 dias. Com o nitrogênio, esse intervalo é ampliado para até 45 dias.
Além de reduzir a frequência de calibragens, o nitrogênio também é capaz de assegurar maior economia ao transportador. “O segundo maior custo do transporte rodoviário hoje é, sem dúvida, o pneu, perdendo apenas para o combustível. O nitrogênio representa em média 5 a 10% de ganho na primeira vida útil do pneu e economia de cerca de quatro pneus por mês para frotistas”, completa Abreu.
A utilização do gás também possibilita que as carcaças sejam utilizadas mais vezes. Segundo o executivo, “trabalhando com ar comprimido, a temperatura e a pressão dos pneus variam muito devido aos contaminantes como água e óleo. Com o uso de nitrogênio que é um gás totalmente inerte, estável, isento de umidade e óleo, a temperatura e calibragem ideal do pneu é mantida por mais tempo preservando a estrutura interna. Em média, é possível ter uma reforma a mais por carcaça, o que também gera ganho ambiental, uma vez que significa melhor aproveitamento do pneu e menor geração de sucata”.
A calibragem com nitrogênio acontece por meio da filtragem do ar comprimido de um compressor comum, equipados com uma tecnologia batizada de “Membranas PRISM®. “O nitrogênio está na atmosfera, então estes equipamentos fazem a separação do nitrogênio de outros componentes para o abastecimento. Em geral, os frotistas instalam o equipamento em mais de uma oficina, o que permite ao caminhoneiro rodar com tranquilidade até chegar a outra localidade e realizar nova calibragem com nitrogênio”, finaliza Abreu.