Facchini

Mercado de implementos cresce 56% no primeiro semestre de 2021

Metalesp/Divulgação

Saldo positivo é confirmado pela ANFIR; Entidade também alerta para possibilidade de interrupção no crescimento ao longo do segundo semestre

O mercado brasileiro de implementos rodoviários encerrou o primeiro semestre de 2021 registrando resultados semelhantes aos apurados no mesmo período de 2014. A informação é confirmada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (ANFIR).

De acordo com o balanço oficial da entidade, 76.668 implementos foram entregues em todo o país de janeiro a junho deste ano, crescimento de 56,03% em relação ao mesmo período de 2020, quando 49.137 unidades foram comercializadas. No primeiro semestre de 2014, a indústria comercializou 76.947 implementos.

“O desempenho do setor cada vez mais se aproxima dos anos de melhor performance de nossa história”, diz José Carlos Spricigo, presidente da ANFIR-Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários.

Considerando cada segmento separadamente, nos seis primeiros meses do ano foram comercializados 44.879 reboques e semirreboques, crescimento de 67,94% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram comercializadas 26.723 unidades.

Já o segmento de carrocerias sobre chassi chegou ao fim de junho com um total de 31.789 unidades comercializadas, alta de 41,83% em relação a 2020, quando foram comercializadas 22.414 unidades.

Segundo os números oficiais da ANFIR, todos os 21 segmentos de mercado apurados pela ANFIR (14 de Reboque e Semirreboque e 7 de Carroceria sobre Chassis) registraram variação positiva, confirmando assim ao ritmo de recuperação dos negócios. “Esse indicador mostra que a recuperação da economia abrange os mais diversos segmentos com destaque para o agronegócio e a construção civil”, explica Spricigo. “Estamos realizando e mantendo entregas de implementos rodoviários em todo o País que transportam dois terços do PIB nacional“, completa.

Confira na íntegra o balanço da ANFIR: CLIQUE AQUI


Crescimento poderá ser interrompido
Apesar dos números positivos registrados ao longo de todo o primeiro semestre de 2021, o segundo semestre do ano poderá ser marcado por uma queda no ritmo de emplacamentos. De acordo com a entidade, um dos fatores que poderá provocar este cenário é a pressão dos aumentos aplicados em insumos básicos para a atividade do setor, como o aço que responde por 70% das matérias-primas utilizadas na fabricação dos produtos da indústria de implementos rodoviários. 

“Reajustar insumos em pleno momento de recuperação da economia seguramente afetará o nosso desempenho porque não há como repassa-los aos clientes nem absorve-los internamente”, alerta Spricigo. Outro aspecto que pode reduzir o ritmo de emplacamentos é o desabastecimento de insumos e componentes.

No início deste ano, mais precisamente em janeiro, a ANFIR projetava um crescimento entre 8% e 10% para o setor de implementos. “Por conta desse ambiente ainda não temos como estimar uma nova projeção”, conclui o executivo.


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