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As recentes medidas econômicas para melhora do gasto público afetam o transporte rodoviário de cargas, que encontra formas de conter os prejuízos
O aumento do preço do frete é o principal desafio dos empresários do transporte rodoviário de cargas (TRC) atualmente. A tabela de fretes, publicados em agosto de 2021 pela Associação Nacional de Transporte de Logística (NTC&Logística), revelou que a defasagem entre o valor real do frete e o que é pago pelas empresas contratantes, no primeiro semestre, é de 18,7%. As razões que explicam o número encontram-se nos ajustes no preço dos combustíveis, nas mudanças no sistema tributário, no custo de manutenção, na segurança e na compra de pneus, entre outros.
Arcar com a maior parte dessa dívida colocará o orçamento das transportadoras em risco e causará a diminuição nas operações do setor, responsável pela comercialização da maior parte dos produtos industriais no Brasil. Durante a pandemia, os gestores estudaram formas de diminuir os custos e de evitar o repasse do frete ao cliente. Contudo, Gislaine Zorzin, diretora administrativa da Zorzin Logística, explica que “é impossível pensar em reduzir o preço do frete neste momento. Com o aumento dos insumos, ou fazemos descontos, ou acabamos com o orçamento das empresas”.
Ela enxerga o aumento do frete como uma consequência não apenas nacional, mas mundial devido aos ajustes durante o isolamento social, o que não abre espaço para uma previsão de estabilidade. Logo, a recomendação de Gislaine aos demais gestores é de que aguardem o aumento da vacinação contra a covid-19 no Brasil. Contudo, acrescenta que as empresas têm opções para conter os riscos por meio de ações internas.
Atentar-se às características da mercadoria a ser transportada é um exemplo. Gislaine explica que o tipo de produto não altera os preços, e nem o gasto do combustível, mas interfere no tipo de caminhão a ser utilizado e nos cuidados a serem observados.
Cargas perigosas ou químicas, especialidade da Zorzin Logística, utilizam os caminhões com carroceria aberta, baú, lonados de tipo sider e bugs (carrocerias porta contêiners). A diretora explica que “os ajustes de cada veículo são organizados conforme as necessidades do cliente. Podemos utilizar as plataformas elevatórias, os muncks (guindastes), as gaiolas ou os berços para o transporte de cilindros e outros equipamentos. Tudo depende da demanda e do tipo de carga. O importante é sempre ser objetivo com o cliente e explicar os gastos que ele terá ao escolher um ao outro”.
Uma das formas para evitar acidentes que ganha aderência entre os transportadores é o uso de tecnologias. Elas ajudam no monitoramento da carga e no rastreamento do período de atividade do colaborador. “Nenhum trabalhador deve atuar à noite, pois eles têm o direito ao descanso. Nesse horário, o sono aumenta e o perigo de atingir vidas humanas também”, alerta Gislaine.
A gestora da Zorzin Logística adiciona a essas medidas a importância de o setor de logística trabalhar as soluções para os gastos de forma individual com o cliente. Ela exemplifica uma maneira de realizar isso utilizando a Zorzin como base. “Procuramos realizar um serviço completo, e não buscar apenas a entrega da carga. Inovamos e nos destacamos no mercado por atuarmos na administração dos riscos na entrega de informações, coletadas pela nossa equipe, que melhoraram a logística da empresa contratante”.
Dessa forma, mesmo com o cenário apontando para a permanência do frete, o mercado continuará buscando formas de evitar os prejuízos. “Conforme o retorno da atividade industrial e do emprego pela vacinação, a expectativa é de crescimento no TRC e na possibilidade de novos contratos e demanda por transportes. Por isso, devemos continuar firmes e auxiliarmos uns aos outros para superarmos a crise”, finaliza Gislaine.
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