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Vacinação e aumento do consumo fazem com que Brasil tenha perspectiva mais positiva no cenário econômico
Com o avanço da vacinação no Brasil e o consequente aumento no consumo da população, a expectativa para o crescimento econômico aumenta. Reflexo desse momento é o crescimento de 3,1 pontos do Índice de Confiança Empresarial (ICE), em julho deste ano, alcançando 101,9 pontos, e o aumento do Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E), que reflete expectativas em relação ao futuro próximo, em 1,6 ponto, totalizando 99,7 pontos, o nível mais alto desde outubro de 2013.
Um dos setores mais afetados com as oscilações econômicas é o transporte rodoviário de cargas. O setor, responsável por movimentar cerca de 65% de tudo aquilo que é produzido no país e reconhecido como o principal meio de abastecimento da indústria e comércio, tem visto suas demandas aumentarem, após um 2020 abaixo devido a pandemia do novo coronavírus.
Para Andre de Simone, membro do conselho administrativo da Transita Transportes, “com o aumento do consumo, o transporte consequentemente também tem um aumento na sua demanda, pois ele precisa repor tudo das prateleiras, desde uma loja de roupa, até os telefones, as farmácias. Tudo o que consumimos chega de caminhão, então isso impacta positivamente as transportadoras, que não pararam em momento algum da pandemia e agora estão vendo suas demandas aumentarem. Se a economia cresce, o setor de transporte cresce junto”.
A retomada do investimento em 2021 também é destaque, segundo o Boletim Macrofiscal, a produção de bens de capital teve uma alta de 43,6% no acumulado até maio deste ano, frente ao mesmo período do ano passado. De acordo com o Ministério da Economia essa recuperação contribuirá para a ampliação da capacidade produtiva neste e nos próximos anos.
O cenário é positivo, porém também requer cautela. Isso porque o transporte de cargas sofreu um grande baque em 2020. De acordo com dados do Departamento de Custos Operacionais da NTC&Logística (DECOPE), em abril de 2020, a demanda por transporte rodoviário de cargas teve uma queda de cerca de 45%. Agora, as empresas precisarão de planejamento nesta retomada.
“Será necessário reinvestir o dinheiro ganho nesse momento de crescimento econômico, de forma inteligente, trazendo mais tecnologia para ter mais controle, e realizar uma gestão mais aprimorada. Dentro do mundo dos negócios, toda cautela é bem-vinda”, afirma Andre.
Agora, o setor vive expectativa para o avanço das Reformas Tributária e Administrativa, para facilitar as negociações, diminuir os impostos e burocracia. Algumas propostas não agradaram o setor, que agora espera o andamento do projeto.
“Após o enfrentamento da pandemia, precisamos colocar em prática os tramites para viabilizar as reformas tributária e administrativa. O setor de transportes vive com burocracias que travam o seu desenvolvimento e, de uma forma geral, uma proposta menos burocrática pode e deve impactar toda a economia do nosso país. Essas devem ser as prioridades”, finaliza o empresário.
FONTE: Divulgação