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| Volvo/Divulgação |
5.000 vistos temporários foram anunciados pelo Governo Britânico como forma de minimizar o impacto da escassez de profissionais e garantir entregas na reta final de 2021
A crescente falta de caminhoneiros se tornou de maneira indiscutível um dos maiores problemas enfrentados pelo Reino Unido nos últimos anos. Em 2021 fatores como a escassez de alimentos em supermercados, falta de combustível em postos e atrasos nas entregas de final de ano colocaram em evidência a gravidade da falta de mão de obra.
Diante do cenário preocupante que ganhou ainda mais repercussão nos veículos de mídia ao redor do mundo, o governo britânico anunciou em setembro de 2021 um amplo pacote de medidas com o objetivo de atrair novos profissionais para o transporte rodoviário de cargas. Dentre as principais medidas, destaca-se, a liberação de 5.000 vistos temporários para caminhoneiros de outros países, afim de atender a demanda de transporte até a conclusão das festividades de fim de ano.
Apesar da abertura das fronteiras ter sido facilitada para caminhoneiros estrangeiros, na prática a iniciativa não apresentou resultados positivos e significativos, isso porque apenas cerca de 200 profissionais de outros países se candidataram para a obtenção dos vistos temporários, ou seja, apenas 4% do esperado. A baixíssima adesão é confirmada por representantes do Governo Britânico, como por exemplo o Ministro da Imigração.
Fatores como curto período de trabalho (3 meses) e condições de trabalho pouco atraentes (jornadas longas e baixa remuneração) são apontados como justificativa para a baixa adesão e interesse de caminhoneiros estrangeiros. Já para as transportadoras inglesas, a burocracia e o potencial aumento de custos pesaram de maneira negativa na contratação temporária de motoristas de outros de outros países.
Com o encerramento do programa de vistos temporários para caminhoneiros estrangeiros, pergunta-se, quais serão os próximos passos para solucionar a crescente falta de profissionais? Dados recentes de entidades ligadas ao transporte, apontam para a falta de cerca de 100.000 motoristas na região.
