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Segundo dados oficiais da FENABRAVE, mais de 20 mil caminhões seminovos foram comercializados em todo o país no primeiro mês do ano
Diretamente impactado pelas principais mudanças econômicas do país, especialmente aquelas ligadas a oferta de crédito e poder de compra, o mercado brasileiro de caminhões seminovos iniciou 2022 registrando um significativo recuo no número de exemplares comercializados.
Segundo o balanço oficial da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (FENABRAVE), 20.485 caminhões seminovos foram vendidos em todo o Brasil no mês de janeiro, queda de 26,40% em relação a dezembro de 2021, quando foram comercializadas 27.832 unidades.
No comparativo com janeiro de 2021, quando 26.893 exemplares foram comercializados, o mercado de caminhões seminovos registrou no primeiro mês deste ano um recuo de 23,83%.
“Assim como acontece no mercado de novos, a comercialização de usados também foi afetada por fatores como a seletividade e o custo de crédito, e a queda no poder de compra da população, além da própria escassez de veículos novos, que interfere no mercado, já que muitos usados ou seminovos são negociados no processo de compra de um zero quilômetro”, afirma José Maurício Andreta Jr., Presidente da FENABRAVE, citando, ainda, as chuvas e a disseminação da variante Ômicron como razões para a queda na passagem de loja.
Segundo ele, apesar de os usados terem batido recorde histórico de transações em 2021, no segundo semestre do ano passado, o mercado começou a ter um movimento natural de ajustes de volume, tanto que enfrentou três meses de retração (setembro a novembro). “As vendas de veículos usados vinham em um ritmo muito forte, na primeira metade do ano, e, no segundo semestre, notamos um ajuste no ritmo. Tivemos um aumento de oferta de alguns veículos novos, cujas fábricas conseguiram melhores volumes de produção, e essa acomodação em usados ocorre naturalmente”, diz.
Os dados divulgados pela Fenabrave também apontam as seis marcas que se destacaram no mercado de usados em janeiro de 2022. São elas, a Mercedes-Benz que garantiu uma participação de 37,04% nos negócios seguida pela sua principal concorrente, a Volkswagen que alcançou uma participação de 21,23%, a Ford com 16,54%, a Scania com 9,31% de participação, seguida da sua concorrente sueca Volvo com 8,76% e a IVECO com 4,12% de participação nos negócios de usados.
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