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Entidade recomenda reajuste de 8,75% no valor do frete para compensar nova alta do diesel

Valéria  Da Silva P.

Dados da NTC&Logística revelam ainda que se considerados os aumentos de 2021 e 2022, frete deveria ser reajustado em até 39%; diesel é um dos maiores custos do transporte atualmente

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A Petrobras colocou em prática nesta sexta-feira, 11 de março, um expressivo aumento de 24,9% no preço do óleo diesel, cerca de R$ 0,90 por litro, passando de R$ 3,61 para R$ 4,51 nas refinarias de todo o país. A alteração de preços vai na contramão das expectativas do mercado que acreditava que, com a previsão de término da pandemia, os preços voltassem a um cenário de estabilidade. Entretanto, a guerra entre Rússia e Ucrânia vem acarretando elevação do preço do barril de petróleo nunca vista, com graves reflexos no diesel.



Para a NTC&Logística, o mais recente reajuste coloca o transportador brasileiro em uma situação crítica, uma vez que o setor ainda está negociando com os clientes o repasse dos quase 50% de aumento que aconteceram em 2021.
ANP/NTC&Logística


Durante reunião em fevereiro deste ano, o Conselho Nacional de Estudos em Transporte, Custos, Tarifas e Mercado da NTC&Logística (CONET) confirmou a necessidade de recomposição do preço do frete em razão dos aumentos dos insumos do transporte, registrados ao longo do último ano. Na ocasião foi recomendado um aumento de 18,58% no valor do frete de cargas fracionadas e de 27,65% para cargas lotação.

Agora, com a nova alteração de preços promovida pela Petrobras, a entidade recomenda a aplicação emergencial de reajuste adicional no frete de, no mínimo, 8,75%, acumulando um reajuste total de 28,96% para cargas fracionadas e de 38,82% em cargas lotação.


Ainda segundo a NTC&Logística, o reajuste nos valores do frete, bem como a inclusão de um gatilho para os aumentos do diesel nos contratos, é a é a única solução para o problema trazido pelos constantes aumentos no preço do diesel e para os altos índices de reajuste que vem ocorrendo. Dados da entidade revelam ainda que, atualmente, o diesel é um dos maiores custos nos insumos da atividade de transporte, chegando a média de 35% para uma transportadora e podendo chegar a 50%.
DECOPE/NTC&Logística
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