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4 tendências para o gerenciamento de risco no transporte de cargas

Marcin Jozwiak/Unsplash

Com mais de 15 anos de atuação com seguros de transportes, Sylvio Bispo, CEO da Insurtech SmartLoad, deu dicas para evitar riscos e prejuízos

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O roubo de cargas é uma das principais preocupações no segmento de transportes e logística, justamente pelo prejuízo que ele acarreta para segurados, seguradoras, e todos envolvidos. De acordo com a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC & Logística), somente em 2020 foram registrados 14.159 sinistros no Brasil, cujos danos ultrapassam R$1,2 bilhão. Para evitar riscos e prejuízos, é muito importante acompanhar as tendências de gerenciamento de risco no transporte de cargas. Reunimos dicas do empreendedor que atua há 15 anos de atuação com seguros de transportes, Sylvio Bispo, CEO e fundador da SmartLoad, 1ª insurtech de mobilidade de carga que integra as etapas securitárias da jornada do transporte. Confira: 


Avaliação de padrões de comportamento dos motoristas
Para ter uma avaliação mais clara de quais riscos o motorista está predisposto, é mais valioso fazer uma análise dos comportamentos do profissional do que apenas uma análise de perfil. Um exemplo claro é, caso o motorista tenha multas, avaliar quais regras de trânsito ele infringiu. Entre um motorista que possui pontos na CNH por dirigir em um dia de rodízio e outro que foi autuado por excesso de velocidade ou uso de celular, o que levou pontos pontos por dirigir em dia de rodízio apresenta menos riscos de tombamentos, colisões e acidentes.

As cargas e locais de operação habituais do profissional também ajudam a medir se o condutor é o mais adequado. Ficar atento às últimas rotas do motorista é uma dica para as empresas de transporte de carga gerarem valor na prestação de serviço e segurança. Um condutor que roda frequentemente por uma determinada área é mais confiável para realizar o transporte do produto do que um que raramente faz aquela rota. A tendência de sucesso é muito maior quando se conhece a jornada, locais de parada, locais de riscos, vias menos problemáticas e até mesmo locais de possíveis emboscadas.


Análise de dados
Atualmente, não existe um banco de dados no segmento de transporte de cargas que sinalize se uma mercadoria é adequada para ser transportada em uma região específica. Muitas vezes, o aprendizado vem a partir da experiência, e as experiências podem custar caro. A análise dos dados a respeito da logística escolhida para o transporte de uma carga é eficiente ao apontar se um produto deve passar por determinada região em um determinado horário. Se o cruzamento de dados sinaliza que determinada rota não é segura para aquela mercadoria, uma ferramenta de Gestão de Riscos pode indicar a necessidade da escolta policial ou de um ajuste logístico para evitar que o trânsito em determinado horário ou rota aconteça.


Novas formas de rastreamento
Atualmente, os rastreadores seguem um padrão básico de mercado. Funcionam como localizadores de cargas móveis ou fixos, com bloqueadores e imobilizadores inteligentes, que impedem que, durante uma abordagem, o veículo siga se movendo depois de um tempo. Esse padrão, utilizado há muitos anos sem nenhuma atualização, pode até ser eficiente no momento de uma abordagem, mas não são suficientes para prevenir sinistros, que é a melhor forma de evitar um roubo. Utilizar ferramentas ligadas ao transporte, como meios de pagamento eletrônico ou tags de pedágio, integradas com todo o aparato já existente de segurança, é uma alternativa para tornar o rastreio mais eficiente. No entanto, a infraestrutura das telecomunicações brasileiras, por enquanto, ainda não suporta a construção dessas novas formas de rastreamento.


Risco extra: Ambiental
O segmento de gerenciamento de riscos não se restringe aos riscos de sinistros, os riscos ambientais também se tornaram uma preocupação do mercado. A definição de uma logística com operações mais verdes, com menos emissão de gases, otimização de combustíveis e outros insumos, como borrachas e fluídos, se tornou um grande diferencial. Empresas que se preocupam com o meio-ambiente e possuem práticas ESG ganham cada vez mais destaque e vantagens comerciais.

FONTE: Divulgação

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