Primeira área de escape do Anel Rodoviário de Belo Horizonte possui cerca de 400 metros de extensão - Foto: PBH/Reprodução |
Localizada no km 541, primeira área de escape da capital mineira conta com 400 metros de extensão; agentes da BHTrans já monitoram a operação da estrutura 24 horas por dia
Após nove meses de obras e um investimento de R$ 3,5 milhões, o Anel Rodoviário de Belo Horizonte (MG), principal ligação entre as rodovias BR-040 e BR-381 na capital mineira, passou a contar oficialmente nesta semana com a primeira área de escape construída por iniciativa do poder público no Brasil.
A estrutura foi oficialmente entregue pela prefeitura da capital mineira (PBH) nesta terça-feira, 2 de agosto. “É uma obra importante para Belo Horizonte que traz segurança no Anel Rodoviário, que é uma área muito perigosa”, afirmou o prefeito, Fuad Noman, durante coletiva de imprensa.
“São sete áreas de escape implantadas no Brasil, e nós fomos os primeiros a fazer uma área de escape com recursos próprios do município. Tanto o projeto quanto a execução foram realizados pela Prefeitura de Belo Horizonte. Foi um trabalho imenso e nós estamos muito orgulhosos de ter entregue essa obra. Nós temos a absoluta certeza que vai ajudar bastante no problema do Anel Rodoviário. Se salvarmos uma vida, a obra valeu a pena”, afirmou o Superintendente de Desenvolvimento da Capital, Henrique Castilho.
Apontada como uma das principais medidas para reduzir de forma significativa o número de acidentes envolvendo veículos pesados no trecho, a primeira área de escape da capital mineira está localizada no km 541 do Anel Rodoviário, em um trecho popularmente como "Descida do Betânia". Segundo a PBH, o local foi escolhido estrategicamente pelo tamanho da área necessária para a construção, o ângulo de aproximação em relação à curva e a distância do trecho onde ocorrem as retenções.
Ao todo, a estrutura conta com quase 400 metros de extensão. Os 280 metros iniciais são em pavimento flexível (asfalto) e parte em pavimento rígido (concreto), com pintura xadrez branca e vermelha, começando sob a forma de uma cunha e atingindo a largura máxima de 8,5 metros. Enquanto os 93,5 metros intermediários contam com uma caixa preenchida com argila expandida, com largura constante de 5 metros ladeada por uma faixa de 3,5 metros de pavimento flexível do lado esquerdo. Já os 25 metros finais são em pavimento flexível para auxiliar na retirada de veículos e manutenção da caixa de cinasita.
“Tenho convicção que neste momento estamos ofertando uma infraestrutura capaz de reduzir o risco de acidentes. É muito importante dizer isso. Acidentes acontecem porque há uma combinação de fatores, o usuário, a infraestrutura e o veículo, e nós estamos fazendo a nossa parte, oferecendo uma infraestrutura extremamente segura em nível internacional”, afirmou o superintendente de Mobilidade de Belo Horizonte, André Dantas.
Área de Escape em operação
Segundo a PBH a primeira área de escape do Anel Rodoviário já está em operação. A partir do Centro de Operações da Prefeitura de Belo Horizonte (COP-BH) os agentes da BHTrans monitoram a operação da área de escape 24 horas por dia. Uma câmera foi especialmente instalada bem em frente à estrutura e, no momento em que um veículo entrar na área de escape, uma equipe operacional da BHTrans será acionada para sinalizar a via, se necessário fazer o fechamento do trecho e registrar todos os dados do veículo e do condutor.
Imediatamente, o reboque pesado da BHTrans entra em operação para fazer a remoção do veículo. Enquanto isso, outra equipe operacional fica responsável pela recomposição da caixa de argila e limpeza da área.
Atualmente a atuação no Anel Rodoviário é da Polícia Rodoviária Estadual. A BHTrans montou um esquema com sinalização de advertência instalada ao longo do trecho, desde a conexão com a BR-356, alertando para que os veículos testem os freios e, em caso de necessidade, façam uso da área de escape.
Área de escape do Anel Rodoviário está localizada no km 541 - Foto: PBH/Reprodução |