Dos caminhões XDR80TE, produzidos pela XCMG, foram entregues à Vale - Foto: Vale/Divulgação |
Produzidos pela XCMG, caminhões fora de estrada são capazes de operar durante 36 ciclos sem a necessidade de recarga; exemplares serão empregados no Brasil e na Indonésia
A Vale acaba de se consagrar como a primeira mineradora no mundo a testar caminhões de 72 toneladas 100% elétricos. Produzidos pela XCMG Mining Machinery Co. Ltd., subsidiária da Xuzhou Construction Machinery Group Co. Ltd. (XCMG), maior fabricante de máquinas da China, dois exemplares irão operar nas minas de Água Limpa, em Minas Gerais, e de Sorowako, na Indonésia.
Parte importante do Powershift, programa criado pela própria Vale e que tem como principal objetivo substituir combustíveis fósseis por fontes limpas nas operações, os caminhões do modelo XDR80TE, contam com baterias de lítio com capacidade de armazenamento de 525 Kwh, podendo operar até 36 ciclos, o equivalente a pouco mais de um dia de operação, sem necessidade de recarga. Os exemplares também contam com sistema de regeneração de energia a partir da frenagem em descidas e tecnologia de controle de temperatura múltipla, que se adapta às altas temperaturas, umidade e períodos de chuvas intensas.
“Vemos esta parceria com a XCMG como mais um passo importante em nossa relação de longo prazo com a China, e na direção por uma mineração mais sustentável. Nossa intenção é ampliar, em conjunto com parceiros globais, o desenvolvimento e a cocriarão de tecnologias que respeitem o meio ambiente e zerem as emissões”, destaca Alexandre Pereira, vice-presidente executivo de Soluções Globais de Negócios da Vale.
"A entrega do mais recente caminhão de mineração elétrico XDR80TE neste momento é resultado de um esforço conjunto entre a XCMG e a Vale para promover a proteção ambiental global, bem como o desenvolvimento econômico verde e sustentável”, afirmou Hanson Liu, vice-presidente da XCMG Machinery e gerente-geral da XCMG Import & Export Co..
Atualmente, as emissões dos caminhões fora de estrada a diesel representam cerca de 9% do total de emissões de escopo 1 e 2 da Vale. Em 2019, a Vale anunciou a meta de zerar as emissões líquidas diretas e indiretas (escopos 1 e 2) até 2050. Para isso, a companhia planeja investir entre US$ 4 bilhões e US$ 6 bilhões.