Marcelo Camargo/Agência Brasil |
O preço do combustível tem grande impacto para todos os postos e o aumento retrai a margem de lucro e competição.
O lucro para os postos gera em torno de R$ 0,40 por litro e com este lucro pagasse todos os encargos, contas, folha de pagamento e outras demandas financeiras que o posto tenha. Com o aumento do combustível pela Petrobras eles perdem margem de lucro.
Quando há aumento nos valores existe uma queda nas demandas.
As grandes redes (chamadas redes bandeiradas) acabam pagando menos e repassam menores valores para as bombas e clientes. Já os postos sem bandeira e menores, sentem uma pressão nos valores e perdem margem e clientes para os concorrentes maiores.
A decisão da Opep em reduzir drasticamente a produção do barril de petróleo deve atingir os postos com a falta e o aumento significativo dos preços todos os produtores mundiais.
Nacionalmente a Petrobras tem condições de manter 80% da sua demanda e importar apenas 20% para garantir preço e distribuição nacional.
Como o preço é determinado pela Opep nenhum petroleiro poderá vender o barril abaixo de US$ 80 o que encarece a distribuição final.
As melhores medidas para o Brasil: a Petrobras concentrar parte da sua produção interna e vender o barril com preço mais baixos que a Paridade Internacional.
Garantindo margens competitivas para seus acionistas e preços baixos nas bombas para o consumidor final.
A distribuidora também deve ser levada em consideração porque quem define o valor é a própria. E acaba vendendo de R$ 0,10 a R$ 0,15 centavos o litro a menos para alguns postos por vários fatores como: distância, bandeira e parcerias.
As soluções para os próximos meses ainda são inconclusivas para os donos de postos, distribuidores e até mesmo para a grande Petrobras.
ARTIGO: Rodrigo Zingales, diretor executivo da Abrilivre (Associação Brasileira de Revendedores de Combustíveis Independentes e Livres)