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Por meio de nota, CNT e NTC&Logística defenderam o direito de ir e vir, além de ressaltarem os prejuízos sociais e econômicos dos atos
Atentas ao avanço das manifestações de caminhoneiros nas principais rodovias federais do país, as principais entidades do transporte rodoviário de cargas brasileiro, a Confederação Nacional do Transporte (CNT) e a Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística), se posicionaram de forma contrária a continuação dos atos.
Por meio de nota oficial, a CNT reconheceu o direito de manifestação de todo cidadão, mas também defendeu o exércício de manifestações de forma que não prejudique o direito de ir e vir. Além disso, a entidade também ressaltou os transtornos sociais e econômicos que os atos podem gerar.
"Além de transtornos econômicos, paralisações geram dificuldades para locomoção de pessoas, inclusive enfermas, além de dificultar o acesso do transporte de produtos de primeira necessidade da população, como alimentos, medicamentos e combustíveis", destacou a entidade.
Também por meio de nota, a NTC&Logística destacou que as manifestações ferem o direito de ir e vir, além de gerarem inúmeros transtornos para o abastecimento da população, especialmente quando se trata de alimentos e medicamentos.
"Sendo entidade de representação empresarial manifesta-se veementemente contra movimento grevista, de natureza política, que fere o direito de ir e vir de todos os cidadãos, criando obstáculos à circulação de veículos que prestam serviços essenciais ao abastecimento da população, em especial de gêneros de primeira necessidade, como medicamentos e alimentos", afirma a entidade.
Ainda segundo a NTC&Logística, as empresas representadas por eles "seguem exercendo sua atividade normalmente, reivindicando das autoridades as ações que assegurem a livre circulação dos seus veículos, lembrando que tem plena condição de assegurar ao povo brasileiro o abastecimento dos pontos de produção e consumo em todo o território nacional".
Manifestações nesta terça-feira (01/11)
Na manhã desta terça-feira, 1º de novembro, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) confirmou 220 pontos de manifestações de caminhoneiros em rodovias federais que cortam 20 estados brasileiros e o Distrito Federal.
Entre os que tiveram maior número de casos, destaca-se, Santa Catarina com 35 bloqueios, Paraná com 29 pontos de manifestações (11 interdições e 18 bloqueios), Pará com 27 interdições, Mato Grosso com 23 interdições e Rondônia com 15 interdições.
As manifestações avançam mesmo após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) determinar a liberação de vias e estabelecer multas de até R$ 100 mil por hora.