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Falta de motoristas pode chegar a 160.000 até 2031 segundo a American Trucking Associations (ATA); transporte rodoviário de cargas de longa distância é o segmento mais afetado
A primeira vista pode até parecer um assunto repetido, mas na realidade, a crescente falta de motoristas de caminhão segue sendo um dos principais desafios econômicos mundiais. Na maior economia global não poderia ser diferente. Apesar de apresentar um leve recuo em relação ao ano anterior, a escassez de profissionais do volante segue alta nos Estados Unidos segundo os dados mais recentes da American Trucking Associations (ATA).
“Com base em nossas estimativas, faltam de cerca de 78.000 motoristas no transporte rodoviário de cargas. Número um pouco abaixo do recorde de 2021 de mais de 81.000, mas ainda extremamente alto historicamente”, destaca Bob Costello, economista-chefe da ATA.
Ainda segundo a entidade, as tendências demográficas atuais dos motoristas, bem como a previsão de crescimento projetado na demanda por fretes rodoviários, podem elevar ainda mais a falta de caminhoneiros em solo norte-americano, chegando à 160.000 até 2031.
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“A boa notícia é o aumento dos salários e outros fatores ajudaram a indústria a atrair novos motoristas”, diz Costello. “No entanto, esse fluxo ainda não é suficiente para fazer uma diferença substancial na escassez, especialmente no transporte de longa distância, o segmento mais impactado pela escassez”.
Na avaliação da ATA, para eliminar de fato esse déficit de caminhoneiros, o transporte rodoviário de cargas nos Estados Unidos deverá contratar quase 1,2 milhão de novos motoristas até 2031 para substituir aqueles que saem dos caminhões, seja por aposentadoria ou por outros motivos.
Por fim, a entidade norte-americana também ressalta que os aumentos salariais significativos e cada vez mais frequentes não são a única solução de fato para reduzir a escassez de profissionais no transporte rodoviário de cargas, uma vez que, motoristas também estão optando por dirigir menos, ganhar a mesma quantia de dinheiro e estar em casa com mais frequência.
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