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Acreditamos que isso tudo vai passar, mas até que aconteça uma previsibilidade mínima do cenário político, o setor de transporte irá usufruir neste fim de ano, apenas da elevação de demandas das festas sazonais, mas sem projeções claras para 2023.
Sabemos que a velocidade dos investimentos em geração de mais energia para dar conta do crescimento produtivo também terá impactos, não só na desaceleração construtiva e na geração de empregos, mas também na estrutura social principalmente nas regiões próximas aos novos parques eólicos e fotovoltaicos.
A equação disso tudo condiciona na redução de investimentos com consequente diminuição de postos de trabalhos reduzindo também o consumo e a produção. Sabemos que nem mesmo as exportações deverão compensar na redução do consumo interno, pois o mundo também vive uma crise por conta das influências da guerra da Ucrânia e dos efeitos persistentes da Covid.
O setor de transportes sempre foi muito resiliente e não podemos perder o otimismo e esperança, mas nossa parte nesse desafio está em tomarmos as rédeas para determinar o nosso futuro.
Nós, como transportadores, não somos somente um processo passivo de movimentação de produtos e mercadorias, nós também geramos riqueza, investimentos, empregos e estabilidade social.
O ano de 2023 será proporcional a intensidade daquilo pelo qual lutamos no dia a dia. Nós da área de transportes não somos diferentes de outros segmentos econômicos, mas fazemos parte do desejo comum da estabilidade e crescimento econômico. Esperamos que todos cresçam e que aconteça progressos com todas as mudanças que estão por vir.
ARTIGO: Célio Malavasi, diretor de Operações da MXP Multimodal