Mercedes-Benz/Divulgação |
Apenas 4 mil caminhões foram produzidos no Brasil no primeiro mês de 2023; férias coletivas e atualização de linhas de produção também justificam a retração
Diretamente impactada pela implementação da tecnologia Euro 6, férias coletivas e paralisação das linhas de produção para atualizações, a indústria brasileira de caminhões encerrou o mês de janeiro registrando um queda expressiva de produção em todos os comparativos.
"Como esperado, um volume mais baixo justamente pela mudança de fase do PROCONVE, saímos do P7 e começamos janeiro de 2023 com o P8. Como é uma nova tecnologia e que incorpora novos equipamentos para fazer a redução de emissões, o que é muito bom, mas acaba criando um valor agregado maior nesse produto. Então é natural, já vimos esse movimento em outras mudanças de fase do PROCONVE, onde você acaba tendo uma retração do mercado nos primeiros meses pelo menos do ano", explica Gustavo Bonini, vice-presidente da ANFAVEA para veículos pesados.
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De acordo com o balanço oficial da Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos (ANFAVEA), 4 mil caminhões foram produzidos em o país ao longo do mês de janeiro, queda de expressiva de 72,3% em relação a dezembro, quando a indústria foi responsável pela montagem de 14,6 mil exemplares. Já no comparativo com janeiro de 2022, quando 9,5 mil caminhões foram produzidos, a queda neste ano foi de 57,2%.
"Já estávamos esperando esses números. Muitas montadoras acabaram se planejando para trabalhar todo o mês de dezembro, até o último dia e focaram também em ter as férias coletivas por todo o mês de janeiro ou por grande parte do mês, o que mostra porque esse número de produção foi tão reduzido", completa Bonini.