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| Scania/Divulgação |
Paradas programadas e férias coletivas de 10 dias no mês de julho foram acordadas com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC; medidas são uma forma de evitar demissões
A partir de maio, a produção de caminhões Scania na fábrica de São Bernardo do Campo (SP), passará por uma significativa redução. A decisão foi confirmada pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC após um acordo firmado com a montadora de origem sueca no dia 18 de abril.
De acordo com a entidade que representa os trabalhadores da unidade fabril, a partir de 28 de abril, a Scania adotará paradas programadas de dois dias por semana, ou seja, a produção de caminhões ocorrerá apenas três dias por semana. Além disso, também estão previstas férias coletivas de 10 dias para toda a produção, a partir de 10 de julho. As medidas se fazem necessárias para garantir a manutenção dos empregos.
“O acordo de flexibilidade é fundamental para atravessar momentos de baixa e garantir empregos e renda aos trabalhadores, mas apenas ele não dará conta da situação. Temos a falta de peças, agravada pela antecipação de compra no ano passado com o Euro 6 e pelas dificuldades de financiamentos devido à alta taxa de juros no país, com queda nas vendas e na produção”, afirmou o vice-presidente dos Metalúrgicos do ABC, Carlos Caramelo.
O primeiro trimestre de 2023 chegou ao fim com um total de 24,5 mil caminhões produzidos em todo o país, queda expressiva de 28,8% em relação ao primeiro trimestre de 2022, quando 34,4 mil caminhões foram montados no Brasil. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos (ANFAVEA) revelam ainda que do total produzido neste começo de ano, apenas 7,5% foi de fato comercializado, ou seja, 1.835 caminhões Euro 6.
Dentre os fatores que tem reduzido a procura por caminhões zero quilômetro, destacam-se, a dificuldade de acesso ao crédito, o encarecimento dos veículos com a transição para a tecnologia Euro 6 e as incertezas políticas e econômicas que vem se desenhando no mercado nacional e até mesmo internacional.
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