Facchini

Volkswagen Caminhões e Ônibus reduzirá produção a partir de maio

VWCO/Divulgação

Suspensão de contratos de trabalho por 90 dias estão entre as medidas acordadas com sindicato local; redução das atividades se faz necessária para alinhar a produção com o novo cenário do mercado

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A partir da próxima semana, mais precisamente do dia 2 de maio, a Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) reduzirá a produção na fábrica de Resende (RJ). A decisão está alinhada com um acordo firmado com o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense e foi tomada diante da desaceleração do mercado brasileiro de veículos comerciais.


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Dentre as medidas que vem sem tomadas pela marca, destaca-se, a suspensão por 90 dias de contratos de grupos de trabalhadores. Os profissionais envolvidos receberão o pagamento da 1ª parcela da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), uma bolsa de qualificação, com garantia de todos os benefícios e pagamento 100% do salário líquido, cartão alimentação e pagamento integral do 13º salário. Para o cumprimento das medidas serão utilizados os recursos do Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT).

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense as medidas acordadas são uma forma de garantir os postos de trabalho e evitar demissões.

O atual ambiente de negócios no mercado de caminhões e ônibus, com dificuldades tanto no Brasil quanto em alguns de seus principais destinos de exportação, torna necessário adotar medidas para ajuste dos níveis de produção a uma nova realidade”, explica a montadora.


O primeiro trimestre de 2023 chegou ao fim com um total de 24,5 mil caminhões produzidos em todo o país, queda expressiva de 28,8% em relação ao primeiro trimestre de 2022, quando 34,4 mil caminhões foram montados no Brasil. Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos (ANFAVEA) revelam ainda que do total produzido neste começo de ano, apenas 7,5% foi de fato comercializado, ou seja, 1.835 caminhões Euro 6.

Dentre os fatores que tem reduzido a procura por caminhões zero quilômetro, destacam-se, a dificuldade de acesso ao crédito, o encarecimento dos veículos com a transição para a tecnologia Euro 6 e as incertezas políticas e econômicas que vem se desenhando no mercado nacional e até mesmo internacional.

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