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47 mil caminhões foram produzidos no Brasil de janeiro a junho; apenas 25% da produção foi comercializada no primeiro semestre
Diretamente impactada pela baixa demanda do mercado por modelos Euro 6, a indústria brasileira de caminhões encerrou o primeiro semestre de 2023 registrando quedas significativas em todos os comparativos. A informação é confirmada pela Associação Nacional dos Fabricantes de Autoveículos (ANFAVEA).
De acordo com o balanço oficial da entidade, 47,2 mil caminhões foram produzidos em todo o Brasil de janeiro a junho deste ano, queda significativa de 34,3% em relação ao primeiro semestre de 2022, quando 71,8 mil exemplares foram montados no País.
Somente no mês de junho, 7,0 mil caminhões foram produzidos no Brasil, queda de 16,2% em relação ao mês anterior, maio, quando 8,4 mil exemplares foram produzidos. Já em relação a junho de 2022, quando a indústria foi responsável pela produção de 13,4 mil caminhões, a queda neste ano chegou a 47,4%.
"Ainda há uma concentração da comercialização do estoque do Proconve P7 (caminhões Euro 5), do que ainda foi fabricado no ano passado. Isso mostra que as montadoras estão adequando o volume de produção nos primeiros seis meses desse ano ao volume que está sendo demandado para o P8", explica Gustavo Bonini, vice-presidente da ANFAVEA para veículos pesados.
Apenas 22% dos caminhões vendidos em 2023 foram Euro 6
O primeiro semestre de 2023 chegou ao fim refletindo novamente a contínua preferência e procura do mercado por caminhões Euro 5.
Dados da ANFAVEA revelam que dos 52.547 caminhões comercializados de janeiro a junho de 2023, apenas 22,8% (11.965 exemplares) foram Euro 6, ou seja, produzidos neste ano. Os 77,2% (40.542 caminhões) foram exemplares Euro 5, produzidos até 31 de dezembro de 2022.
Programa de descontos não refletiu na indústria de caminhões
Segundo a ANFAVEA, a MP 1.175/23, que concede descontos tributários para a compra de caminhões e ônibus zero quilômetro, ainda gerou reflexos positivos para o setor de veículos de pesados. De acordo com a entidade, a utilização dos bônus de R$ 700 milhões para caminhões novos, e de R$ 300 milhões para ônibus novos, ainda demanda regulamentações e alguns ajustes operacionais.
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