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Preço praticado pela Petrobras estão 28% abaixo do mercado internacional, fator que inviabiliza as importações realizadas por distribuidores; diesel S10 é um dos mais escassos
As recentes intervenções políticas na Petrobras que resultaram por exemplo, no encerramento da política de Paridade de Preços de Importação (PPI), começam a impactar de forma negativa a oferta de combustível em todo o Brasil, especialmente a comercialização de óleo diesel.
Dados recentes da consultoria Posto Seguro, revelam que já há uma restrição na comercialização tipo S10 por parte dos distribuidores nos estados do Pará, Rondônia, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso, Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, acarretando assim uma redução na oferta do combustível aos postos. Já a escassez do tipo comum (S500) é registrada em Rondônia, Bahia, Mato Grosso e Paraná.
A escassez do combustível vem afetando principalmente os postos de bandeira branca e transportadores revendedores retalhistas (TRR), empresas autorizadas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) a comprar em grande quantidade combustível a granel, armazená-lo e transportá-lo para depois comercializar.
Dentre os fatores que tem acarretado uma queda na oferta de óleo diesel no Brasil está a significativa defasagem no preço do combustível no País em relação ao mercado internacional, fator inviabiliza de forma considerável a importação de óleo diesel. Dados da Associação Brasileira de Importadores de Combustíveis (Abicom) revelam que nesta sexta-feira, 11 de agosto, o preço praticado pela Petrobras está 28% abaixo do praticado no mercado internacional, criando assim uma concorrência desleal com os distribuidores que dependem das importações, uma vez que a estatal não é capaz de suprir 100% da demanda nacional por combustíveis refinados.
Segundo a Abicom, caso a Petrobras não limite a aplicação da nova política de preços apenas aos volumes de gasolina e diesel produzidos na próprias refinarias, as importações realizadas pelas empresas privadas, leia-se distribuidores, poderão ser suspensas, elevando assim de forma considerável o risco de escassez de combustíveis.
Atualmente a nova política de preços adotada pela Petrobras é baseada no "custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação" e no "valor marginal para a Petrobras", desconsiderando as variações do dólar e da cotação do petróleo no exterior, alterações essas que são absorvidas pela nova política, segundo a petroleira. Já para evitar a falta de óleo diesel no Brasil, a estatal vem ampliando o volume de importações.
