Nas operações que trafegam por vias rurais (não asfaltadas), como no transporte florestal e canavieiro, é quase uma regra estourar o orçamento previsto para a manutenção dos conjuntos.
Não apenas em função dos acidentes, especialmente tombamentos, mas na substituição de componentes de custo elevado. Particularmente problemas graves nos acoplamentos, com alto potencial de acidentes, exigem a substituição por componentes novos.
Destaca-se a 5ª roda (normalmente de 3 ½”) cujo custo é elevado e às vezes não dura uma safra. Os principais problemas são:
- Desgaste prematuro em função de falha na lubrificação (ausência de lubrificante ou contaminação excessiva da graxa por terra);
- Falha estrutural: e, nesse caso, aumenta-se o risco de desacoplamentos.
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Além dos erros na operação de acoplamento (altura errada ou impacto forte) participam, sem serem notadas, as “curvas de nível”, necessárias para a conservação do solo agrícola, mas que avançam perigosamente na via e impõe ângulos acima do limite da 5ª roda.
5ª roda tem limite na articulação para frente e para trás. Ultrapassá-los significa risco de danos no acoplamento em função de interferência mecânica.
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O condutor mais atento reclama que escuta um “estralo” quando passa na curva de nível: justamente o mecanismo pino-rei – gavião batendo no seu limite.
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Por isso: atenção com a relação entre altura e comprimento das curvas de nível. A estrada rural deve servir aos conjuntos que circulam por ela. E não o contrário.
Fica a dica! Conhecer essa dinâmica é fundamental para evitar problemas e prevenir acidentes.
ARTIGO: Eng. Rubem Penteado de Melo - www.trs.eng.br e www.anjo.mobi