Lucas Duarte/Portal Caminhões e Carretas |
Previsão é do Ministério Público de Minas Gerais; órgão está a frente das negociações para viabilizar a construção de uma rodovia exclusiva para os caminhões de minério
A restrição a circulação de caminhões e carretas que atuam no transporte de minério nas BRs 040 e 356, em Minas Gerais, segue sendo um dos assuntos mais discutidos pelo poder público, sociedade, municípios e mineradoras às margens destas rodovias. Uma das alternativas que vem sendo amplamente considerada e defendida é a construção da chamada "Rodovia do Minério", um trecho exclusivo para a circulação dos veículos de carga que atuam no segmento.
A frente das negociações está o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), responsável por intermediar a discussão entre oito prefeituras, dez mineradoras, o governo do Estado e a União afim de viabilizar a construção da via alternativa. O projeto prevê ainda melhorias em rodovias já existentes e até a construção de um novo terminal ferroviário, afim de otimizar de forma significativa o escoamento do minério de ferro.
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Em entrevista ao programa “EM Minas”, no dia 20 de janeiro, o procurador-geral do estado, Jarbas Soares Júnior, afirmou que se concretizada, a "Rodovia do Minério" poderá retirar cerca de 1.500 caminhões que circulam diariamente pelo trecho da BR-040 entre Nova Lima (MG) e Conselheiro Lafaiete (MG).
“As empresas que vão transportar o minério de Mariana, Nova Lima, Itabirito, Ouro Preto, para as siderúrgicas e para os portos vão passar por ali porque não têm outra alternativa. Então surgiu a possibilidade, a Vale, que é muito importante nesse processo, já deu OK para essa discussão, de fazer os links para completar. Envolve asfaltamento, malha ferroviária, porto secos. Se tudo der certo, vamos tirar os 1.500 [caminhões] e deixar para o transporte de ônibus, carros e pessoas. Mas hoje, do jeito que está, as empresas só têm aquele caminho”, afirmou o procurador.
A expectativa do MPMG é de que a negociação entre todos os envolvidos e interessados seja concluída ainda no primeiro semestre deste ano.