Facchini

Preço médio do frete por km rodado apresenta queda de até 22% em março

Ruan Fotografias

Percentual expressivo é registrado no comparativo com março de 2023; atraso na safra e queda no preço do diesel também causaram redução no primeiro trimestre deste ano

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O primeiro trimestre de 2024 chegou ao fim com queda no preço médio do frete por quilômetro rodado.  De acordo com dados da mais recente análise do Índice de Frete Edenred Repom (IFR), no mês de março, a média nacional foi de R$ 6,20 em redução de 1,4% ante fevereiro. 


Fechamos o primeiro trimestre de 2024 com uma queda acumulada de 2,5% no preço médio do frete por quilômetro rodado. Já no comparativo com março de 2023, quando o valor estava a R$ 7,97, a redução no preço chega a 22%”, destaca Vinicios Fernandes, diretor da Edenred Repom. 

De acordo com o IFR, a retração no preço médio do frete por quilômetro rodado é resultado do atraso na safra de grãos e o comportamento de recuo no preço do litro do diesel.

De acordo com pesquisa realizada no início de abril pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja-MT), há uma projeção de que poucos produtores de soja do estado consigam cobrir os custos com a lavoura. O Centro-Oeste foi a região brasileira mais afetada pelas altas temperaturas e estiagem, que impactou diretamente o setor agro. 


Já preço do diesel, item que compõe uma grande fatia do preço do frete, também segue uma tendência de redução no País. Segundo a análise do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), o tipo comum fechou março a R$ 5,96 e o S-10 a R$ 6,07, ambos com redução de 1%, em relação a fevereiro. Já no acumulado do trimestre, o comportamento de preço do combustível registrou pequenas oscilações percentuais, entre recuos e altas. 

Nos próximos meses, as variações no valor do frete devem continuar refletindo o desempenho de determinados setores da economia, principalmente o agronegócio, além de fatores como preço do combustível, que segue em defasagem com o mercado internacional”, reforça Fernandes.



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