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Novas medidas antidumping foram confirmadas pelo Grupo Executivo de Integração da Política de Comércio Exterior; taxação se aplica aos pneus de carga montados em rodas de aros 20”, 22” e 22,5”
Nas últimas semanas, o Grupo Executivo de Integração da Política de Comércio Exterior (GECEX) anunciou a imposição de medidas antidumping sobre pneus de carga montados em rodas de aros 20”, 22” e 22,5”, utilizados em caminhões e ônibus. A decisão vai na contramão das expectativas e demandas do setor de transporte, especialmente dos caminhoneiros, dos fabricantes de caminhões e carretas e dos produtores de implementos agrícolas.
"Recebi com muita tristeza a notícia de que o governo brasileiro ampliou as medidas antidumping sobre os pneus importados. Isso aumenta muito o custo dos caminhoneiros e de todo o setor de transporte, já que impacta também os fabricantes de caminhões e implementos rodoviários", declarou Janderson Maçanero, o Patrola, uma das principais lideranças dos transportadores autônomos, durante a primeira Reunião das Frentes Parlamentares do Caminhoneiro Autônomo e das Cooperativas de Transporte Rodoviário de Cargas. O encontro também ocorreu na terça-feira, na Câmara dos Deputados.
Patrola expressou preocupação com relação à capacidade dos fabricantes instalados no Brasil em fornecer pneus ao mercado nacional. "As fábricas locais não têm capacidade de infraestrutura para suprir todas as necessidades do mercado. Neste caso, os pneus importados são grandes aliados, pois hoje rodamos com segurança e eficiência com produtos de qualidade, testados e aprovados pelo Inmetro", acrescentou.
A imposição de novas medidas antidumping pode acarretar um aumento substancial nos custos dos transporte, prejudicando diversos setores da economia que dependem do serviço. Outra preocupação levantada por Patrola é o impacto direto no bolso dos caminhoneiros e na economia doméstica. "Se o pneu que hoje pagamos entre R$1,2 mil e R$1,6 mil passar a custar R$3 mil, lá na nossa casa, o bife vai ser menor ou então nem vai ter", alertou.
Diante desse cenário, o líder da categoria considera imprescindível que o governo leve em consideração as preocupações e argumentos apresentados pelos caminhoneiros e outros setores afetados. “É fundamental buscar soluções que garantam a competitividade do mercado, sem comprometer a sustentabilidade econômica e a segurança dos trabalhadores”, disse.