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Custos do transporte também seguem aumentando no país; levantamento da NTC&Logística também revela que boa parte dos transportadores não recebe os componentes tarifários básicos
Dados recentes do DECOPE (Departamento de Custos Operacionais e Pesquisas Técnicas e Econômicas) da NTC&Logística revelam que a busca pelo equilíbrio econômico-financeiro transportadoras brasileiras pós-pandemia foi interrompida no primeiro semestre de 2024. Prova disso é a crescente defasagem no valor frete e o constante aumento de custos.
A mais recente sondagem feita pela entidade indica que a defasagem no valor do frete no transporte rodoviário de cargas brasileiro chegou a 12,6% no transporte de carga fracionada (no qual as cargas de vários clientes são compartilhadas no mesmo veículo) e a 17,0% na carga lotação (a carga de um único embarcador ocupa toda a capacidade do veículo).
"Esta defasagem – entre o frete médio recebido e os custos apurados pela NTC – traduz bem como está o mercado de transporte rodoviário brasileiro. E, mesmo com a estabilidade dos preços dos insumos nos primeiros seis meses do ano, o acumulado ainda não foi recuperado. Por exemplo, o diesel acumula uma alta de 18,2% em média nos últimos 12 meses; já os preços dos veículos acumulam um aumento de 76,5% nos últimos 36 meses", destaca a entidade em comunicado.
A recente pesquisa da NTC&Logística também revela que boa parte dos transportadores não recebe os componentes tarifários básicos, como o Frete-valor e o GRIS, e quase um terço não recebe as estadias garantidas por Lei. Entretanto, por outro lado, 12% das empresas do setor já recebem a Taxa de Seguro Obrigatório-TSO – componente tarifário lançado há um ano.
Para a segunda metade do ano, o setor espera um mercado estável. "E, como acontece normalmente no segundo semestre do ano, esperamos um pequeno aumento de demanda para o setor de transporte de carga. As expectativas para o PIB brasileiro vêm melhorando, o que é bom para o TRC, já que o setor cresce de duas a três vezes", completa.