Facchini

39% das transportadoras tiveram queda nos lucros no primeiro semestre de 2024

Caminhões Volvo FH vermelhos estacionados lado lado em um pátio
Bing AI

Pesquisa realizada pela NTC&Logística indica cenário preocupante para o transporte rodoviário de cargas; 49% das transportadoras preveem uma piora no valor do frete nos próximos meses

Google News
Uma pesquisa recente da NTC&Logística revelou novos números preocupantes do transporte rodoviário de cargas brasileiro. Diante do  aumento de custos e redução no volume de cargas disponíveis, quase 40% dos transportadores rodoviários do Brasil registraram uma piora nos lucros no primeiro semestre de 2024.


No comparativo com a pesquisa realizada em janeiro deste ano, o número de transportadores que registraram queda nos lucros aumentou 10 pontos percentuais. Apenas 36,5% apontaram melhora nos lucros, número que estava na casa de 53,6% há seis meses.

Ainda segundo o levantamento da entidade, 49% das transportadoras preveem uma piora no valor do frete nos próximos meses, o maior nível de pessimismo no levantamento semestral desde o início de 2021. A projeção negativa é justificada pela preocupação com os impactos da reforma tributária, medida que para 70% dos transportadores vai piorar o ambiente de negócios, e com as mudanças promovidas pelo STF na Lei do Descanso, alterações que devem afetar 85% das empresas e segundo os transportadores ouvidos devem elevar os custos em cerca de 18%.


O cenário delicado do transporte rodoviário de cargas brasileiro fica ainda mais evidente quando se analisa o atual valor do frete. De acordo com a NTC&Logística, no primeiro semestre deste ano houve um reajuste médio de apenas 0,44% nos fretes, enquanto os custos de transporte nos últimos 12 meses subiram 4,14% para cargas fracionadas e 7,9% para cargas lotação, com impulso de custos com combustíveis (18,2%), mão de obra (6%) e gastos com o veículo (5,2%).

Por fim, a recente pesquisa ainda revelou que cerca de 23% dos transportadores entrevistados concederam descontos, 36,6% mantiveram os valores e 40,7% elevaram os preços.

LEIA TAMBÉM


NOTÍCIA ANTERIOR PRÓXIMA NOTÍCIA