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Disponibilidade imediata, dispensa de manutenção ou gestão e vantagens fiscais podem fazer a diferença entre comprar e alugar caminhões
Compor e manter a própria frota de veículos para o transporte rodoviário de cargas pode se tornar, além de financeiramente caro, um problema logístico, administrativo e fiscal. Cada vez mais, empresas brasileiras do setor têm seguido um caminho relativamente comum no exterior, especialmente nos Estados Unidos e União Europeia, e aderido à locação de veículos pesados.
Segundo a Associação Brasileira de Locadoras de Automóveis (ABLA), em 2023, as locadoras registraram um aumento de 38,9% no número de caminhões emplacados em relação ao ano anterior, o que representa mais de 10 mil veículos. Tais cifras correspondem a 10,5% de todos os caminhões emplacados no Brasil durante o período – números impossíveis de ignorar.
O aumento significativo e contínuo tem animado as projeções dos profissionais do setor, que começam a mapear novas oportunidades ainda para 2024. O diretor operacional da Anacirema Transportes, José Alberto Panzan, afirma ter começado ainda no segundo trimestre deste ano o planejamento para atender o aumento de demanda esperado para o período de setembro a dezembro. Com quase 40 anos de experiência, a Anacirema é especializada no transporte de cargas de ponto a ponto, com grande expertise em operações dedicadas atendendo clientes dos setores alimentício, automotivo e operações inbound e outbound, entre outros.
O executivo, que também é Presidente do Sindicato das Empresas de Transporte e Cargas de Campinas (Sindicamp), acredita que o aluguel de frotas tem amadurecido nos últimos anos, porém, ainda é necessário fazer contas e prospectar com cuidado a área. “Nós começamos a conversar com os clientes para entender as expectativas, e analisar o cenário brasileiro. A partir disso, identificamos haver oportunidades de crescimento da área. A locação é uma grande oportunidade para nós, transportadores, e para o setor como um todo”, explica.
As vantagens da prática, quando comparada à compra de veículos pesados, vão além da financeira, explicitada nos valores mais altos no momento de adquirir e fazer a manutenção da própria frota. Além da compra, a economia também pode ser refletida nos gastos administrativos da empresa, liberando fundos para outros investimentos. A locação também evita gastos com a renovação constante de veículos ao mesmo tempo em que garante caminhões com disponibilidade e substituição imediatas. Por fim, ainda possibilita o ajuste de frota conforme a demanda específica.
Nesse sentido, José Alberto complementa e relembra razões fiscais para subsidiar a escolha: “Na locação de frota, conseguimos obter créditos tributários que podem contribuir para a viabilidade da operação. Já na aquisição de ativos, ao término da quitação, o residual é nosso. Na nossa empresa, estamos sempre estudando a melhor opção entre locação e compra, conforme a demanda que temos e analisando as características de operações, prazos de contrato, taxa de juros e disponibilidade de veículos”.
Tais fatores e detalhes compõem um mosaico que impacta a estratégia de crescimento da Anacirema e de outras empresas. “O que foi bom ontem pode não ser hoje”, completa o executivo.
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