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Europa: Transportadora deverá ser indenizada em mais de 33 milhões de euros por cartel de montadoras

Volvo FH Waberer's no meio de várias carretas estacionadas lado a lado
Divulgação

Transportadora húngara, Waberer's já estabeleceu dois acordos de indenização na justiça; DAF, Daimler, Iveco, MAN, Scania e Volvo-Renault foram acusadas de formação de cartel pela União Europeia

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Mesmo após a conclusão das investigações e até mesmo aplicação de multas às marcas envolvidas, o cartel de preços de caminhões zero quilômetro no mercado europeu segue sendo um dos assuntos mais comentados no transporte rodoviário de cargas do velho continente. Agora é a vez das transportadoras serem indenizadas pelos prejuízos que tiveram entre 1997 e 2011, período de atuação do cartel das montadoras.


Uma dessas empresas é a Waberer's, transportadora de origem húngara e uma das maiores do continente europeu. Em abril do ano passado, a empresa conquistou por meio da justiça um acordo para ser indenizada em cerca de 10 milhões de euros (cerca de 63.100.000 milhões de reais na cotação atual) por uma das marcas envolvidas. 


Agora em 2024, um novo acordo foi estabelecido com uma segunda marca também envolvida no esquema de fixação de preços de caminhões. Segundo informações da imprensa especializada europeia, a nova indenização está na casa de 23,8 milhões de euros (equivalente a pouco mais de 150 milhões de reais na cotação atual). Somando os dois acordos estabelecidos até o momento, a transportadora húngara tem a receber 33,8 milhões de euros (pouco mais de R$ 213 milhões). 

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Devido as regras processuais, a Waberer's não revela com quais marcas estabeleceu os acordos. Mas no período de atuação do cartel, a frota da empresa era composta por modelos DAF, MAN, Mercedes-Benz e Volvo.


Segundo as investigações da comissão de concorrência da União Europeia, a DAF, Daimler, Iveco, MAN, Scania e Volvo-Renault fizeram parte do cartel que fixou os preços do mercado com o uso de diversos artifícios no período de 1997 a 2011, inclusive com o atraso na introdução da tecnologia para diminuir a emissão de gases poluentes. Segundo informações as montadoras se reuniam frequentemente para discutir e gerir as ações do cartel, muitas vezes durante feiras e outros eventos do setor, além de ligações telefônicas e trocas de Email's entre os próprios envolvidos.

As investigações resultaram na aplicação de multas milionárias nas montadoras. Apenas a MAN não foi multada, uma vez que foi responsável por denunciar a existência do cartel de caminhões.


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